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A Solenidade Litúrgica do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, Corpus Christi, teve origem em 1230, em Liège, na Bélgica. A Bem-aventurada Irmã Juliana de Mont Cornillon, monja agostiniana, em suas horas de prece e mística, foi agraciada com revelações divinas sobre a Eucaristia, inspirando a instituição da festa litúrgica.
Era uma fase histórica em que se punha em dúvida a presença real de Jesus no pão e no vinho consagrados. Com as revelações, Juliana comunicou o fato ao seu diretor espiritual, um Cônego da cidade de Louvaina; este, por sua vez, aconselhou-se com Dom Tiago Pantaleão, arcebispo de Liège e futuro Papa Urbano IV.
Nas revelações recebidas por Juliana, se pedia que a quinta-feira que sucede o Domingo da Santíssima Trindade fosse dedicada ao Corpus Christi. A primeira celebração ocorreu em Liège, em 1246. Juliana, porém, faleceu em 1258. Após a morte dela, a Irmã Eva a reclusa, empenhou-se em ver a festa celebrada em outros lugares. Aos 11 de agosto de 1264, já estava composto o ofício (leituras bíblicas e orações) da solenidade do Corpus Christi, obra do teólogo Santo Tomás de Aquino. E aos 8 de outubro de 1264, o então Papa Urbano IV aprovou a festa pela Bula Papal “Trasnsiturus de hoc mundo”.
A primeira procissão de Corpus Christi foi realizada na cidade de Colônia, na Alemanha, em 1277. Em 1311, por ocasião do Concílio de Viena, o Papa Clemente V ordenou a celebração do Corpus Christi em toda a Igreja Universal; ele mesmo presidiu a primeira procissão de Viena, naquele ano. Em 1350, foi realizada a primeira procissão em Roma.
O Corpus Christi é um dos quatro Dias Santos que a Igreja Católica preserva; os outros três são o Natal, o Ano Novo e Imaculada Conceição (finados e sexta-feira santa não são dias de preceito, embora no Brasil sejam dias de feriado). No dia de Corpus Christi, a Igreja celebra a presença de Cristo ressuscitado na Eucaristia; nas igrejas, ao lado de cada sacrário, a lamparina vermelha retroprojeta a promessa de Jesus: “Estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos.”
Nas clausuras, as monjas têm como ponto de referência o Cristo Eucarístico. Corpus Christi é uma oportunidade para que todos os fiéis que não estão nas clausuras reverenciem o Cristo, pão vivo que desceu dos céus. Na Procissão, a Eucaristia é levada no Ostensório, sob o baldaquino; o presidente da celebração caminha pisando sobre tapetes ornados com os símbolos cristãos. É uma forma de a comunidade cristã apresentar a Jesus sacramentado as famílias, as fábricas, as lojas, as plantações..., para que Jesus toque e abençoe toda a natureza, pois ao mesmo tempo que Deus parece inacessível, Ele está muito próximo da humanidade.
O homem tem apenas uma única vida humana: nasce, vive, morre e ressuscita uma única vez. Deus possui uma vida divina e eterna. Em sua bondade infinita, Ele quer comunicá-la a seus filhos para aproximá-los de Si e prepará-los a partilharem a felicidade eterna, contemplando-o face a face, na futura visão da Glória. Tudo o que vive necessita de alimento. E Jesus é o alimento vivo que desceu do céu para se tornar o manancial dos homens.
Segundo Lc 22, 12, Jesus instituiu a Eucaristia numa sala ricamente ornada; daí a pompa da festa de Corpus Christi. O culto exterior também é devido a Jesus Cristo, como manifestação de sua grandeza e revelação da sua pequenez, pois em Is 45, 15 se lê: "Verdadeiramente um Deus se esconde em tua casa, o Deus de Israel, um Deus que salva."
Ostensório = Mostrancja (em polako)
Pe. Máikol


História

O que é a solenidade de Corpus Christi

Não podendo colocar em realce a durante a Semana Santa, a instituição da Ceia, a Igreja estabeleceu depois do Pentecostes uma festa especial para celebrar a Instituição da Eucaristia. Esta celebração começou na Paróquia de Liège na Bélgica em que Juliana de Mont Cornillon observou ao seu pároco que faltava no ano litúrgico uma festa da Eucaristia. Isto aconteceu no século XIII, em 1230. Nessa época, o pároco de Liège era Mons. Tiago Pantaleão de Troyes, que 20 anos depois foi eleito Papa com o nome de Urbano IV. Foi ele quem instituiu para a Igreja Universal a Festa de Corpus Christi, com a bula “Transiturus” do dia 11 de agosto de 1264.
Para lembrar a quinta feira santa, dia da última ceia e da instituição a da eucaristia, ele escolheu uma quinta feria para Corpus Christi, aquela que segue a Festa da Santíssima Trindade. A morte de Urbano IV, dois meses depois de sua bula no dia 2 de outubro de 1264, impediu que seu decreto viesse a ser cumprido.
Foi Clemente V, 50 anos depois, em 1313, que confirmou a Bula de Urbano IV, inserindo-a nas Constituições Clementinas do “Corpus Juris” publicada depois por João XXII em 1317. Este último acrescentou à Festa uma oitava e também prescreveu de levar a Eucaristia em procissão.
No começo a Eucaristia era transportada dentro de um cálice e mais tarde foi colocada no ostensório. Essa oitava de Corpus Christi foi abolida com o decreto de 23 de março de 1955. Na quinta feira depois da Festa da Santíssima Trindade, será celebrada a solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, em que publicamente os católicos manifestam sua fé na presença real de Cristo na Eucaristia, numa procissão com ornamentações que também expressam a cultura de nosso povo.


Saiba como se originou a celebração de Corpus Christi

Corpus Christi. O nome vem do latim e significa Corpo de Cristo. A festa celebra solenemente o mistério da Eucaristia - o sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo. A comemoração acontece numa quinta-feira, em alusão à Quinta-feira Santa, quando, durante a última ceia, se deu a instituição deste sacramento.
A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teve visões de Cristo, demonstrando-lhe o desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque. Em 1264, o papa Urbano IV estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a Santo Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração.
No Brasil, a festa passou a integrar o calendário religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima. A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, Minas Gerais.
A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento. A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida.
Durante a missa o celebrante consagra duas hóstias: uma é consumida e a outra, apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.

Solenidade de Corpus Christi

Na quinta-feira depois da Solenidade da Santíssima Trindade, a Igreja Católica comemora a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, Corpus Christi. Esta celebração recorda a Instituição da Eucaristia, na Quinta-feira Santa, quando Jesus, sabendo que iriam matá-lo, quis comer a Páscoa com seus apóstolos. Durante a ceia, Jesus tomou o Pão e o Vinho, os abençoou e deu aos seus discípulos, selando definitivamente a aliança de Deus com a humanidade através do seu corpo que seria entregue e do seu
sangue que seria derramado. É um convite à manifestação da fé e devoção a este Sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade. Um dia especial para festejar a presença viva de Jesus Ressuscitado na Eucaristia não foi iniciativa da hierarquia da Igreja.
Em 1208, na Diocese de Lieja (atualmente a Bélgica), a monja Joana de Mont Cornillon, observando a lua cheia, viu uma mancha escura e recebeu a revelação de Cristo de que
aquela mancha era a ausência no calendário de uma festa especial em honra da eucaristia. Recebeu, também, o encargo de promover essa festa. Somente em 1240, o Bispo de Lieja, Roberto, promulgou um decreto estabelecendo a festa em sua diocese, para ser celebrada no segundo domingo depois de pentecostes.
Em 1251 o delegado papal Cardeal Hugues de Saint-Cher inaugurou a festa em Lieja. Daí em diante, a festa passou a ser celebrada na quinta-feira depois da oitava de Pentecostes. Em 1264, o Papa Urbano IV estendeu a celebração a toda a Igreja.
A festa só encontrou lugar seguro no calendário, tornando-se uma das mais populares, 50 anos depois, quando o Papa Clemente V confirmou o decreto de seu predecessor e João XXII o publicou em 1317. A prática das procissões vem do ano de 1279, em Colônia, imediatamente seguida por outras igrejas. A hóstia consagrada era levada pelas ruas e campos, uma homenagem pública a Cristo presente no sacramento.


A REVOLUÇÃO DA EUCARISTIA

D. Demétrio Valentini, bispo de Jales (SP)

A quinta-feira de Corpus Christi é feriado. E' o dia de "Corpus Christi", a festa da Eucaristia. Colocada na quinta-feira para ressaltar que foi nesse dia da semana que Cristo instituiu este sacramento, que ele fez questão de assinalar como a sua memória: "Fazei isto em memória de mim".
Se queremos saber a senha deixada por Cristo para acessar sua mensagem, precisamos entender o que ele quis dizer com este gesto que começou surpreendendo os discípulos, e permanece como um desafio para a interpretação exata do seu significado. Na Eucaristia está embutido todo o Evangelho de Cristo.
Está retornando o costume de enfeitar as ruas por onde passa a procissão. Todos colaboram, esmerando-se em desenhar os símbolos da fé cristã, com variedade de cores e de arranjos. As ruas ficam cheias de flores, e as pessoas revivem o ambiente de alegria e de confiança. A Eucaristia humaniza de novo a cidade, e exorciza a violência. As ruas voltam
a ser lugar de convivência amiga e de encontro fraterno. A festa de Corpus Christi amplia para a cidade a intimidade da mesa eucarística que congrega os amigos de Cristo. Por um dia se realiza, simbolicamente, o sonho de fraternidade que o Evangelho continua a propor como a vocação que deve inspirar todo projeto de sociedade.

Este ano (2001) a festa do Corpo de Deus inaugura o tempo de preparação do Congresso Eucarístico, que vai se realizar em Campinas no próximo mês de julho. É o Décimo Quarto, na seqüência dos grandes Congressos Eucarísticos já realizados no Brasil. O primeiro foi em 1933, em Salvador na Bahia. Este tem a finalidade de concluir as celebrações relativas aos 500 anos de evangelização no Brasil, e de inaugurar a celebração dos 50 anos da CNBB.
Seu lema: EUCARISTIA - FONTE DE MISSÃO E VIDA SOLIDÁRIA, quer ressaltar a
potencialidade da Eucaristia. Como o Evangelho, a Eucaristia é semente, que
pede para nascer e desabrochar em frutos. Tem a força de provocar
conseqüências, que estão além das causas humanas envolvidas em sua
confecção. A Eucaristia é pão e vinho. Mas com um fermento diferente. A
tradição até colocava que deveria ser pão sem o costumeiro fermento. Porque
o dela é outro. É o fermento da proposta revolucionária de Cristo,
confirmada por seu testemunho. Por sua Eucaristia, Cristo nos diz que a vida
deve ser colocada por amor, e que as coisas devem ser repartidas entre
todos. A começar pelo pão, que é indispensável para matar a fome dos pobres.

E' por isto que a festa do Corpo de Deus, e o Congresso Eucarístico de
Campinas, não devem ficar sem conseqüências. Os universitários, tanto da PUC
de Campinas como da UNICAMP, começam a se intrigar com o significado
verdadeiro da Eucaristia. Em vista do Congresso Eucarístico, nesta semana a
Pastoral Universitária de ambas as universidades está promovendo um debate,
para o qual me convidaram, sobre um tema que tem tudo a ver com a
Eucaristia: como acabar com a fome do povo brasileiro. Não existe solução
pronta para este desafio. Mas a Eucaristia aponta o caminho indispensável.
Se existe fome é porque não se reparte. No Evangelho, a instituição da
Eucaristia é contextualizada pelo milagre chamado da "multiplicação" dos
pães. Na verdade, foi "divisão" dos pães. Na Eucaristia Cristo ensina a
partilhar. E' o que o mundo precisa aprender.
Hoje existem alimentos em abundância. As novas tecnologias possibilitam
colheitas superabundantes, que bastariam para saciar a fome cotidiana de
todos os habitantes da terra. O que falta é a partilha. A urgência maior do
mundo é a Eucaristia.


Corpus Christi: Festa da Eucaristia

A Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, Corpus Christi, teve origem em 1230, em Liège, na Bélgica. A Bem-aventurada Juliana de Mont Cornillon, monja agostiniana, em suas horas de prece e mística, foi agraciada com revelações divinas sobre a Eucaristia, inspirando a instituição da festa litúrgica.
A primeira celebração ocorreu em Liège, em 1246. E aos 8 de outubro de 1264, o então Papa Urbano IV aprovou a festa.
A primeira procissão de Corpus Christi foi realizada na cidade de Colônia, na Alemanha, em 1277. Em 1311, por ocasião do Concílio de Viena, o Papa Clemente V ordenou a celebração do Corpus Christi em toda a Igreja; ele mesmo presidiu a primeira procissão de Viena, naquele ano. Em 1350, foi realizada a primeira procissão em Roma.
O Culto ao Santíssimo Sacramento — O culto que se presta ao Sacramento da Eucaristia é divino, é culto de latria, isto é, culto ao Deus único e verdadeiro.
O Sacramento da Eucaristia foi instituído por Jesus para que Ele mesmo nos alimentasse: "Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, vive em mim e eu vivo nele" (Jo 6,56).
O Mistério Eucarístico, em toda a sua plenitude, acontece tanto na celebração da Missa, como no culto das espécies consagradas que se conservam no sacrário ou se expõem para a adoração dos cristãos ou para a aclamação nas procissões.
A Comemoração — A Festa da Eucaristia deveria ser no dia da sua instituição: Quinta-Feira Santa. Mas, como a Semana da Paixão não é um tempo oportuno para festas, a Festa da Eucaristia - Corpus Christi - é celebrada na quinta-feira depois do domingo da Santíssima Trindade.
No dia de Corpus Christi, a Igreja celebra a presença de Cristo ressuscitado na Eucaristia; nas igrejas, ao lado de cada sacrário, a lamparina acesa lembra a promessa de Jesus: "Estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos". Jesus afirma que Ele é o Pão da Vida que desceu do céu para dar a vida ao mundo (Jo. 6,32-35).
Hoje, a festa de Corpus Christi é uma oportunidade para que todos os fiéis reverenciem o Cristo, pão vivo que desceu dos céus. Na Procissão, a Eucaristia é levada no Ostensório; o presidente da celebração caminha pisando sobre tapetes ornados com os símbolos cristãos, tendo à sua volta a Comunidade que reza e canta hinos próprios da Festa.
Compromisso — A Eucaristia que recebemos em comunhão e enaltecemos na procissão de Corpus Christi significa o compromisso de todos os cristãos, reunidos em comunidades e em volta da mesma Ceia do Senhor. O compromisso é de solidariedade e de partilha com os que não têm pão, moradia, terra, saúde, construindo, com todos, uma sociedade justa e fraterna, sinal da presença do Reino de Deus entre nós.


Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo
São José do Rio Preto (SP), 9/6/2004 - 14:30

A Igreja celebra na quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade, a solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, popularmente conhecido como Corpus Christi. É uma profissão de fé na presença real de Jesus Cristo no mistério da Eucaristia.
A origem desta festa está no movimento eucarístico da Idade Média, no século XII, que realçava a presença de Cristo nas espécies consagradas. Foi o Papa Urbano IV que autorizou esta festa para toda a Igreja no ano 1264.
Não devemos esquecer que a instituição da Eucaristia é recordada de modo especial na missa da Ceia do Senhor, na Quinta-feira Santa, quando Jesus ceou com os seus discípulos e lhes entregou o sacramento de seu Corpo e Sangue, para ser celebrado na Igreja em sua memória. Portanto a solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, é uma proposta para os fiéis a prestar culto ao sacramento da Eucaristia, a presença de Cristo no sacramento da Eucaristia.
O Evangelho de Lucas nos revela outros aspectos do significado que Jesus atribui à Eucaristia. Jesus acolhe a multidão num lugar deserto. Naquele tempo os escravos não sentavam para comer. Jesus pede que todos se assentem, posição de homens livres; toma o pão (supõe-se pães grandes, que é preciso partir), olha para o céu e abençoa. Olhar para o céu é sinal de petição, mas também de confiança; abençoar é transmitir fecundidade. Portanto, Eucaristia ou "partir o pão" significa, para aqueles que participa, sinal de vida, de fecundidade, de fraternidade, de compromisso consigo mesmo e com os irmãos.
Portanto, não devemos olhar para o gesto de Jesus com olhar míope, como se tudo estivesse reduzido a partir o pão e a saciar a fome. Jesus revela muito mais, que também as nossas celebrações devem contemplar: a acolhida fraterna em contraste com a atitude dos doze apóstolos que queriam mandar o povo embora, para que cada um se virasse sozinho! Uma posição individualista. Todo gesto de Jesus é um hino à vida; é uma ação efetiva para devolver à humanidade sua integridade, sua saúde, sua salvação.
Lembremos também que Jesus, por isso, continua presente não apenas no pão consagrado, mas na sua Palavra, nos gestos da Igreja que curam (como os sacramentos), na oração de louvor e ação de graças, na comunidade que pratica a partilha fraterna.
Podemos ver que no Evangelho, Jesus de deparou com o problema da fome, e nós continuamos também nos deparando com esse terrível problema social. O mundo resolveu tantos problemas, mas o da fome ainda não. Isto significa que não partilhamos.
A celebração de hoje deve gerar em nós compromisso de vida e de solidariedade para com os irmãos e irmãs que passam fome. Eis o apelo que a Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo nos pede.
A procissão de hoje nos leva a sentir através da Eucaristia, que não estamos abandonados em nossa caminhada neste mundo tão cheia de perigos e contradições, mas que o Senhor eucarístico está dentro de nós na comunhão da Igreja a caminho com Ele rumo à pátria definitiva.

SUGESTÕES PARA A CELEBRAÇÃO
- Fazer com atenção e carinho os ritos iniciais, porque a assembléia constitui como “corpo vivo” do Senhor, isto é, assembléia eucarística.
- Seria interessante que, neste dia, toda a liturgia, ou pelo menos a parte eucarística, seja cantada: partes do presidente e resposta da assembléia.
- A cor litúrgica é o branco. Pode ser também a cor dourada ou a cor prateada.
- A celebração deve ajudar a assembléia a assumir gestos concretos de partilha. Como gesto eucarístico, a semelhança de Jesus que deparou com uma multidão faminta e sentiu compaixão, seria interessanto fazer uma coleta de alimentos ou agasalhos para os necessitados. na medida do possível, participar da coleta nacional SOS Haiti e República Dominicana, promovida pela CNBB e Cáritas Brasileira.
- Ligar o Evangelho e toda a liturgia da Palavra com a liturgia eucarística.
- Fazer a procissão solene com o Evangeliário – o Pão da Palavra - do altar para a mesa da Palavra com velas acesas.
- Onde for possível, celebrar com pão ázimo, ou uma hóstia maior e mais sólida, lembrando o pão-alimento, como nos propõe o Missal Romano (cf. IGMR nº 283).
- Valorizar nos momentos da celebração, a participação das crianças, jovens e adultos que celebraram sua primeira Eucaristia neste ano, ou mais recentemente.
- Pode-se fazer a Oração Eucarística I, com o Prefácio Próprio da Solenidade do dia.
- Fazer a oração Pai-nosso e o abraço da paz, evidenciando seu sentido de comunhão.
- Destacar bem o gesto de “partir o pão”, acompanhado com o canto do Cordeiro de Deus. Que toda a assembléia perceba e acompanhe este gesto. Muitas vezes a movimentação exagerada no abraço da paz ofusca este gesto tão significativo.
- Jamais e nunca fazer a procissão com o Santíssimo antes da Celebração Eucarística.
- O Ritual Romano – A Sagrada Comunhão e o Culto Eucarístico fora da missa dos números 101 a 108, nos dá a seguinte orientação: “Convém que a procissão com o Santíssimo Sacramento se realize após a missa na qual se consagrará a hóstia a ser levada na procissão”.
- Não que se trata de uma questão de proibição, mas de uma teologia interna que deve ser respeitada.
- Primeiro que neste dia não se trata de um culto eucarístico fora da missa. Segundo porque a adoração do Santíssimo na Quinta-feira Santa, a exposição e procissão com o Santíssimo neste dia e em outros dias na comunidade, dependem da celebração eucarística. Portanto, devemos valorizar primeiro a Ceia do Senhor e depois valorizarmos também os momentos de adoração do Santíssimo Sacramento. A própria Igreja diz que o povo cristão dá testemunho público de fé e piedade para com o Santíssimo Sacramento nas procissões em que a eucaristia é levada pelas ruas em rito solene com canto.
- Os cantos deverão contribuir para que todos manifestem sua fé em Cristo, atentos somente ao Senhor. Durante a procissão, devemos cantar cantos que utilizamos durante a comunhão nas celebrações. Devemos evitar cantos intimistas, individualistas tais como: “Eu quero, eu sinto, ti olhar, ti tocar, eu vou, eu ti amo meu Jesus” etc. Optar por cantos que fale da comunhão do Senhor com a Igreja.
- No final da procissão se dará a bênção com o Santíssimo Sacramento na igreja ou outro lugar mais apropriado; em seguida, se repõe o Santíssimo Sacramento.

Pe. Benedito Mazeti - Assessor diocesano de Liturgia

Autor: Mr. Tlaloc
Ecclesia de Eucharistia vivit - “A Igreja vive da Eucaristia”
Este é um dos fundamentos da Festa de “Corpus Christi” que em latim quer dizer “Corpo de Cristo”. A data foi adotada pela igreja católica para comemorar a presença real de Cristo na Eucaristia. Muitas pessoas não compreendem muito bem o significado desta data, para explicar mais claramente: Os católicos acreditam que na Eucaristia ocorre a transmutação da hóstia em corpo de Cristo e Vinho em Sangue de Cristo. Conhecido como o Santíssimo Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo ou Sétimo Sacramento.
O CONCEITO DE PARTILHAR O ALIMENTO
Segundo O Frei Anízio Freire
“Quando os “5” pães e os “2” peixes são abençoados por Jesus, ele celebra a presença de Deus na vida. Celebrar a Eucaristia é revelar a totalidade do amor de Deus que dá tudo para todos. Essa totalidade está presente nos peixes e pães . “ 7 ” é o símbolo de vida e fartura. Onde o tudo da criação é partilhado não há fome nem miséria entre irmãos. Acolhendo o povo sofrido Jesus revela que cada pessoa é um sacramento de Deus no deserto da vida”. (Lc 9 11: 17)
O CONCEITO DA TRANSMUTAÇÃO DO PÃO EM CORPO DE CRISTO E VINHO EM SANGUE DE CRISTO
Foi instituído na Última Ceia, (Mateus 26,26-28)
(26) Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, abençoando-o, o partiu e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo.
(27) E tomando um cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: Bebei dele todos;
(28) pois isto é o meu sangue, o sangue do pacto, o qual é derramado por muitos para remissão dos pecados.
“O que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. O que come deste pão viverá eternamente" (Jo 6, 55 - 59).
OBJETIVO DA FESTA
A festa de Corpus Christi tem por objetivo celebrar solenemente o mistério da Eucaristia - o sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo.
No Catolicismo a hóstia, torna-se literalmente em Carne e Sangue do Senhor Jesus. Em outra denominações religiosas apenas a memória das palavras de Cristo em Mateus 26:26 é lembrada, eles não acreditam transmutação do pão e vinho durante a celebração.
QUANDO A DATA É COMEMORADA.
É comemorada sempre numa quinta-feira após o domingo depois de Pentecostes.
Acontece numa quinta-feira, em alusão à Quinta-feira Santa, quando se deu a instituição deste sacramento. Durante a última ceia de Jesus com seus apóstolos
COMO DATA É COMEMORADA
Na celebração de Corpus Christi temos uma missa solene, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento. A procissão lembra a caminhada do povo de Deus em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ale é alimentado com o próprio corpo de Cristo.
Durante a missa o sacerdote consagra duas hóstias: uma é consumida e a outra, apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.
ORIGEM DA COMEMORAÇÃO
A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teve visões de Jesus Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque. Em 1264, o papa Urbano IV através da Bula Papal "Trasnsiturus de hoc mundo", estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a Santo Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração.
No Brasil, a festa passou a ser oficial em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima. A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais.

História da Solenidade de Corpus Christi
No final do século XIII surgiu em Lieja, Bélgica, um Movimento Eucarístico cujo centro foi a Abadia de Cornillon fundada em 1124 pelo Bispo Albero de Lieja. Este movimento deu origem a vários costumes eucarísticos, como por exemplo a Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento, o uso dos sinos durante a elevação na Missa e a festa do Corpus Christi.
Santa Juliana de Mont Cornillon, naquela época priora da Abadia, foi a enviada de Deus apra propiciar esta Festa. A santa nasceu em Retines perto de Liège, Bélgica em 1193. Ficou órfã muito pequena e foi educada pelas freiras Agostinas em Mont Cornillon. Quando cresceu, fez sua profissão religiosa e mais tarde foi superiora de sua comunidade. Morreu em 5 de abril de 1258, na casa das monjas Cistercienses em Fosses e foi enterrada em Villiers.
Desde jovem, Santa Juliana teve uma grande veneração ao Santíssimo Sacramento. E sempre esperava que se tivesse uma festa especial em sua honra. Este desejo se diz ter intensificado por uma visão que teve da Igreja sob a aparêncai de lua cheia com uma mancha negra, que significada a ausência dessa solenidade.
Juliana comunicou estas aparições a Dom Roberto de Thorete, o então bispo de Lieja, também ao douto Dominico Hugh, mais tarde cardeal legado dos Países Baixos e Jacques Pantaleón, nessa época arquidiácolo de Lieja, mais tarde o Papa Urbano IV.
O bispo Roberto focou impressionado e, como nesse tempo os bispos tinham o direito de ordenar festas para suas dioceses, invocou um sínodo em 1246 e ordenou que a celebração fosse feita no ano seguinte, ao mesmo tempo o Papa ordenou, que um monge de nome João escrevesse o ofócio para essa ocasão. O decreto está preservado em Binterim (Denkwürdigkeiten, V.I. 276), junto com algumas partes do ofício.
Dom Roberto não viveu para ser a realização de sua ordem, já que morreu em 16 de outubro de 1246, mas a festa foi celebrada pela primeira vez no ano seguinte a quinta-feira posterior à festa da Santíssima Trindade. Mais tarde um bispo alemão conheceu os costume e a o estendeu por toda a atual Alemanha.
O Papa Urbano IV, naquela época, tinha a corte em Orvieto, um pouco ao norte de Roma. Muito perto desta localidade está Bolsena, onde em 1263 ou 1264 aconteceu o Milagre de Bolsena: um sacerdote que celebrava a Santa Missa teve dúvidas de que a Consagração fosse algo real., no momento de partir a Sagrada Forma, viu sair dela sangue do qual foi se empapando em seguida o corporal. A venerada relíquia foi levada em procissão a Orvieto em 19 junho de 1264. Hoje se conservam os corporais -onde se apóia o cálice e a patena durante a Missa- em Orvieto, e também se pode ver a pedra do altar em Bolsena, manchada de sangue.
O Santo Padre movido pelo prodígio, e a petição de vários bispos, faz com que se estenda a festa do Corpus Christi a toda a Igreja por meio da bula "Transiturus" de 8 setembro do mesmo ano, fixando-a para a quinta-feira depois da oitava de Pentecostes e outorgando muitas indulgências a todos que asistirem a Santa Missa e o ofício.
Em seguida, segundo alguns biógrafos, o Papa Urbano IV encarregou um ofício -a liturgia das horas- a São Boa-ventura e a Santo Tomás de Aquino; quando o Pontífice começou a ler em voz alta o ofício feito por Santo Tomás, São Boa-ventura foi rasgando o seu em pedaços.
A morte do Papa Urbano IV (em 2 de outubro de 1264), um pouco depois da publicação do decreto, prejudicou a difusão da festa. Mas o Papa Clemente V tomou o assunto em suas mãos e, no concílio geral de Viena (1311), ordenou mais uma vez a adoção desta festa. Em 1317 é promulgada uma recopilação de leis -por João XXII- e assim a festa é estendida a toda a Igreja.
Nenhum dos decretos fala da procissão com o Santíssimo como um aspecto da celebração. Porém estas procissões foram dotadas de indulgências pelos Papas Martinho V e Eugênio IV, e se fizeram bastante comuns a partir do século XIV.
A festa foi aceita em Cologne em 1306; em Worms a adoptaram em 1315; em Strasburg em 1316. Na Inglaterra foi introduzida da Bélgica entre 1320 e 1325. Nos Estados Unidos e nos outros países a solenidade era celebrada no domingo depois do domingo da Santíssima Trindade.
Na Igreja grega a festa de Corpus Christi é conhecida nos calendários dos sírios, armênios, coptos, melquitas e os rutínios da Galícia, Calábria e Sicília.
Finalmente, o Concílio de Trento declara que muito piedosa e religiosamente foi introduzida na Igreja de Deus o costume, que todos os anos, determinado dia festivo, seja celebrado este excelso e venerável sacramento com singular veneração e solenidade; e reverente e honorificamente seja levado em procissão pelas ruas e lugares públicos. Nisto os cristãos expressam sua gratidão e memória por tão inefável e verdadeiramente divino benefício, pelo qual se faz novamente presente a vitória e triunfo sobre a morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

http://www.acidigital.com/fiestas/eucaristia/historia.htm


Ele caminha no meio do povo

- Corpus Christi -

Fr. Evaldo César de Sousa, C.Ss.R.

1. O sentido da celebração
Na quinta-feira, após a solenidade da Santíssima Trindade, a Igreja celebra devotamente a solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, festa comumente chamada de Corpus Christi. A motivação litúrgica para tal festa é, indubitavelmente, o louvor merecido à Eucaristia, fonte de vida da Igreja. Desde o princípio de sua história, a Igreja devota à Eucaristia um zelo especial, pois reconhece neste sinal sacramental o próprio Jesus, que continua presente, vivo e atuante em meio às comunidades cristãs. Celebrar Corpus Christi significa fazer memória solene da entrega que Jesus fez de sua própria carne e sangue, para a vida da Igreja, e comprometer-nos com a missão de levar esta Boa Nova para todas as pessoas.
Poderíamos perguntar se na Quinta-Feira Santa a Igreja já não faz esta memória da Eucaristia. Claro que sim! Mas na solenidade de Corpus Christi estão presentes outros fatores que justificam sua existência no calendário litúrgico anual. Em primeiro lugar, no tríduo pascal não é possível uma celebração festiva e alegre da Eucaristia. Em segundo lugar, a festa de Corpus Christi quer ser uma manifestação pública de fé na Eucaristia. Por isso o costume geral de fazer a procissão pelas ruas da cidade. Enfim, na solenidade de Corpus Christi, além da dimensão litúrgica, está presente o dado afetivo da devoção eucarística. O Povo de Deus encontra nesta data a possibilidade de manifestar seus sentimentos diante do Cristo que caminha no meio do Povo.

2. Origem da solenidade
Na origem da festa de Corpus Christi estão presentes dados de diversas significações. Na Idade Média, o costume que invadiu a liturgia católica de celebrar a missa com as costas voltadas para o povo, foi criando certo mistério em torno da Ceia Eucarística. Todos queriam saber o que acontecia no altar, entre o padre e a hóstia. Para evitar interpretações de ordem mágica e sobrenatural da liturgia, a Igreja foi introduzindo o costume de elevar as partículas consagradas para que os fiéis pudessem olhá-la. Este gesto foi testemunhado pela primeira vez em Paris, no ano de 1200.
Entretanto, foram as visões de uma freira agostiniana, chamada Juliana, que historicamente deram início ao movimento de valorização da exposição do Santíssimo Sacramento. Em 1209, na diocese de Liége, na Bélgica, essa religiosa começa ter visões eucarísticas, que se vão suceder por um período de quase trinta anos. Nas suas visões ela via um disco lunar com uma grande mancha negra no centro. Esta lacuna foi entendida como a ausência de uma festa que celebrasse festivamente o sacramento da Eucaristia.

3. Nasce a festa do Corpus Christi
Quando as idéias de Juliana chegaram ao bispo, ele acabou por acatá-las, e em 1246, na sua diocese, celebra-se pela primeira vez uma festa do Corpo de Cristo. Seja coincidência ou providência, o bispo de Juliana vem a tornar-se o Papa Urbano IV, que estende a festa de Corpus Christi para toda Igreja, no ano de 1264.
Mas a difusão desta festa litúrgica só será completa no pontificado de Clemente V, que reafirma sua significação no Concilio de Viena (1311-1313). Alguns anos depois, em 1317, o Papa João XXII confirma o costume de fazer uma procissão, pelas vias da cidade, com o Corpo Eucarístico de Jesus, costume testemunhado desde 1274 em algumas dioceses da Alemanha.
O Concílio de Trento (1545-1563) vai insistir na exposição pública da Eucaristia, tornando obrigatória a procissão pelas ruas da cidade. Este gesto, além de manifestar publicamente a fé no Cristo Eucarístico, era uma forma de lutar contra a tese protestante, que negava a presença real de Cristo na hóstia consagrada.
Atualmente a Igreja conserva a festa de Corpus Christi como momento litúrgico e devocional do Povo de Deus. O Código de Direito Canônico confirma a validade das exposições publicas da Eucaristia e diz que “principalmente na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, haja procissão pelas vias públicas” (cân. 944).

4. A celebração do Corpo de Cristo
Santo Tomás de Aquino, o chamado doutor angélico, destacava três aspectos teológicos centrais do sacramento da Eucaristia. Primeiro, a Eucaristia faz o memorial de Jesus Cristo, que passou no meio dos homens fazendo o bem (passado). Depois, a Eucaristia celebra a unidade fundamental entre Cristo com sua Igreja e com todos os homens de boa vontade (presente). Enfim, a Eucaristia prefigura nossa união definitiva e plena com Cristo, no Reino dos Céus (futuro).
A Igreja, ao celebrar este mistério, revive estas três dimensões do sacramento. Por isso envolve com muita solenidade a festa do Corpo de Cristo. Não raro, o dia de Corpus Christi é um dia de liturgia solene e participada por um número considerável de fiéis (sobretudo nos lugares onde este dia é feriado). As leituras evangélicas deste dia lembram-nos a promessa da Eucaristia como Pão do Céu (Jo 6, 51-59 - ano A), a última Ceia e a instituição da Eucaristia (Mc 14, 12-16.22-26 - ano B) e a multiplicação dos pães para os famintos (Lc 9,11b-17 - ano C).

5. A devoção popular
Porém, precisamos destacar que muito mais do que uma festa litúrgica, a Solenidade de Corpus Christi assume um caráter devocional popular. O momento ápice da festa é certamente a procissão pelas ruas da cidade, momento em que os fiéis podem pedir as bênçãos de Jesus Eucarístico para suas casas e famílias. O costume de enfeitar as ruas com tapetes de serragem, flores e outros materiais, formando um mosaico multicor, ainda é muito comum em vários lugares. Algumas cidades tornam-se atração turística neste dia, devido à beleza e expressividade de seus tapetes. Ainda é possível encontrar cristãos que enfeitam suas casas com altares ornamentados para saudar o Santíssimo, que passa por aquela rua.
A procissão de Corpus Christi conheceu seu apogeu no período barroco. O estilo da procissão adotado no Brasil veio de Portugal, e carrega um estilo popular muito característico. Geralmente a festa termina com uma concentração em algum ambiente público, onde é dada a solene bênção do Santíssimo. Nos ambientes urbanos, apesar das dificuldades estruturais, as comunidades continuam expressando sua fé Eucarística, adaptando ao contexto urbano a visibilidade pública da Eucaristia. O importante é valorizar este momento afetivo da vida dos fiéis.

"Ó Sagrado Banquete, no qual o Cristo é recebido; nele se faz memória de sua Paixão, a alma se enche de graça e o penhor da futura glória nos é dado."
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Histórico da procissão de Corpus Christi

A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao século XII. A Igreja Católica sentiu necessidade de realçar a presença real do "Cristo todo" no pão consagrado. Esta necessidade se aliava ao desejo do homem medieval de "contemplar" as coisas.

A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes.

O ofício divino, seus hinos e o Hino ‘Lauda Sion Salvatorem’ são de Santo Tomás de Aquino (1223-1274), que estudou em Colônia com Santo Alberto Magno. Corpus Christi tomou seu caráter universal definitivo, 50 anos depois de Urbano IV, a partir do século XIV, quando o Papa Clemente V, em 1313, confirmou a Bula de Urbano IV nas Constituições Clementinas do Corpus Júris, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial. Em 1317, o Papa João XXII publicou esse Corpus Júris com o dever de levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas.

O Concílio de Trento (1545-1563), por causa dos protestantes, da Reforma de Lutero, e dos que negavam a presença real de Cristo na Eucaristia, fortaleceu o decreto da instituição da Festa de Corpus Christi, obrigando o clero a realizar a Procissão Eucarística pelas ruas da cidade, como ação de graças pelo dom supremo da Eucaristia e como manifestação pública da fé na presença real de Cristo na Eucaristia.

Em 1983, o novo Código de Direito Canônico – cânon 944 – mantém a obrigação de se manifestar ‘o testemunho público de veneração para com a Santíssima Eucaristia’ e ‘onde for possível, haja procissão pelas vias públicas’, mas os bispos escolham a melhor maneira de fazer isso, garantindo a participação do povo e a dignidade da manifestação.

A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse :‘Este é o meu corpo...isto é o meu sangue... fazei isto em memória de mim’. Porque a Eucaristia foi celebrada pela primeira vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira.

No Brasil, numa carta de 9 de agosto de 1549, o Padre Manuel da Nóbrega, da Bahia, informava: “Outra procissão se fez dia de Corpus Christi, mui solene, em que jogou toda a artilharia, que estava na cerca, as ruas muito enramadas, houve danças e invenções à maneira de Portugal”. (Cartas do Brasil, 86, Rio de Janeiro, 1931).

A devoção popular:
Porém, precisamos destacar que muito mais do que uma festa litúrgica, a Solenidade de Corpus Christi assume um caráter devocional popular. O momento ápice da festa é certamente a procissão pelas ruas da cidade, momento em que os fiéis podem pedir as bênçãos de Jesus Eucarístico para suas casas e famílias. O costume de enfeitar as ruas com tapetes de serragem, flores e outros materiais, formando um mosaico multicor, ainda é muito comum em vários lugares. Algumas cidades tornam-se atração turística neste dia, devido à beleza e expressividade de seus tapetes. Ainda é possível encontrar cristãos que enfeitam suas casas com altares ornamentados para saudar o Santíssimo, que passa por aquela rua.

A procissão de Corpus Christi conheceu seu apogeu no período barroco. O estilo da procissão adotado no Brasil veio de Portugal, e carrega um estilo popular muito característico. Geralmente a festa termina com uma concentração em algum ambiente público, onde é dada a solene bênção do Santíssimo. Nos ambientes urbanos, apesar das dificuldades estruturais, as comunidades continuam expressando sua fé Eucarística, adaptando ao contexto urbano a visibilidade pública da Eucaristia. O importante é valorizar este momento afetivo da vida dos fiéis.

Na procissão de Corpus Christi, acompanhamos o Ressuscitado no seu caminho pelo mundo inteiro como dissemos. E, precisamente fazendo isto, respondemos também ao seu mandamento: "Tomai e comei... Bebei todos" (Mt 26, 26s.). Não se pode "comer" o Ressuscitado, presente na figura do pão, como um simples bocado de pão. Comer este pão é comunicar, é entrar em comunhão com a pessoa do Senhor vivo. Esta comunhão, este acto de "comer", é realmente um encontro entre duas pessoas, é deixar-se penetrar pela vida d'Aquele que é o Senhor, d'Aquele que é o meu Criador e Redentor. A finalidade desta comunhão, deste comer, é a assimilação da minha vida à sua, a minha transformação e conformação com Aquele que é Amor vivo. Por isso, esta comunhão exige a adoração, requer a vontade de seguir Cristo, de seguir Aquele que nos precede. Por isso, a adoração e a procissão fazem parte de um único gesto de comunhão; respondem ao seu mandamento: "Tomai e comei"(HOMILIA DO PAPA BENTO XVI -NA SANTA MISSA POR OCASIÃO DA SOLENIDADE DO SANTÍSSIMO CORPO E SANGUE DE CRISTO; Basílica de S. João de Latrão - Quinta-feira, 26 de Maio de 2005).

Comunicações da Diocese de Ponta Grossa
Padre Ademir da Guia Santos.
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Origem da festa de Corpus Christi
| DOM FERNANDO IÓRIO *
A solenidade litúrgica da festa de Corpus Christi, expressão latina que significa – Corpo de Deus – Corpo de Cristo teve sua origem no século 13.
Dois acontecimentos extraordinários deram origem à instituição dessa festa hoje conhecida como solenidade do Corpo e do Sangue de Cristo: o milagre eucarístico de Bolsena, na Itália, ocorrido em 1263, quando um sacerdote teve dúvidas de que a consagração fosse real, mas ao partir a hóstia, durante a celebração, viu sair sangue da hóstia repartida; o outro acontecimento foram as visões de santa Juliana de Mont Cormillon, monja agostiniana nascida em Liège, na Bélgica.
Tinha santa Juliana uma grande paixão pelo Santíssimo Sacramento e esperava que, de logo, houvesse uma solenidade dedicada ao Sacramento da Eucaristia. Em suas visões, contemplava santa Juliana a Igreja sob a aparência de lua cheia, com uma visível mancha escura. Tal mancha foi interpretada como sendo a ausência de uma solenidade dedicada à presença real de Cristo na hóstia consagrada.
Pelos idos de 1230, começou a festa a ser celebrada na Paróquia de Saint Martin, em Liège, com a procissão eucarística somente dentro da Igreja.
Em 1247, realizou-se a primeira procissão em Liège, tornando-se, logo após, festa nacional na Bélgica. Por volta de 1264, seis anos após o falecimento de santa Juliana, o papa Urbano V houve por bem estender a festa de Corpus Christi a toda a Igreja.
Meio século mais tarde, por iniciativa do papa Clemente V, assumiu esta festa em caráter universal definitivo.
A procissão é um dos aspectos marcantes da festa e seu objetivo é manifestar, publicamente, a fé na presença real de Cristo no sacramento eucarístico.
Em uma de suas memoráveis homilias por ocasião dessa grande festa, o papa João Paulo II dizia: “Acompanhemos o sacramento eucarístico ao longo das ruas da cidade, ao lado dos edifícios, onde o povo vive, se alegra, sofre, no meio dos negócios e escritórios, nos quais se desenvolve a atividade cotidiana. Levá-lo-emos em contacto com a nossa vida, envolvida em milhentos perigos, oprimida por preocupações e sofrimentos”. Corpus Christi é uma festa móvel, na liturgia católica, ou seja sem data fixa no calendário eclesial. É celebrada na quinta-feira, após a solenidade da Santíssima Trindade que ocorre no domingo, depois de Pentecostes. Acontece numa quinta-feira em alusão à quinta-feira santa quando Jesus instituiu a Eucaristia.
(*) É bispo emérito de Palmeira dos Índios e membro da Academia Alagoana de Letras.
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ELEMENTOS HISTÓRICOS DA FESTA DO CORPUS CHRISTI:

Ao redor o ano 1000 se despertou um grande entusiasmo eucarístico. Isto ocorreu devido a questões que surgiram para defender o mistério eucarístico contra heresias que surgiram colocando dúvidas sobre este sacramento.
O motivo principal para a instituição desta festa foi a revelação que teve Santa Juliana de Carmellón, Liège (Bélgica, 1193-1298). A ela deu-se o fato de uma aparição ou sonho de um disco luminoso com uma franja escura. A interpretação deste fato foi que o disco luminoso significava o ano litúrgico e a franja escura o vazio que se encontrava nele pela ausência de uma festa em honra ao Santíssimo Corpo de Cristo. Santa Juliana falou do acontecido ao seu confessor, que comunicou o fato a vários teólogos com o fim de indagar seus pareceres. Entre eles se encontrava o provincial dos dominicanos Hugo de Thierry e o cônego de Liège Jacques de Troyes. Este insistiu ao bispo Roberto para que a festa fosse estabelecida na diocese de Liège, e assim o fez em 1246.
Anos mais tarde Jacques de Troyes foi eleito Papa com o nome de Urbano IV. O interessante é que ele mesmo não estava mais tão interessado em introduzir a festa como uma solenidade universal.
Por esta época aconteceu um fato milagroso sucedido em Bolsena, segundo o qual um sacerdote peregrino sentiu grandes dúvidas sobre a presença eucarística ao celebrar a missa na igreja de Santa Cristina. Da Hóstia Consagrada saíram algumas gotas de sangue que mancharam o corporal. Ao saber do acontecido, o Papa Urbano IV quis ver os corporais e mandou traze-los a Orvieto, onde estava e neste local se encontram até hoje. Este fato influenciou ao Papa a estabelecer na Igreja universal a festa do Corpus.
A procissão do Corpus aconteceu mais tarde sendo que as primeiras tiveram início em Colônia. Ao princípio se levava o Santíssimo fechado na píxide. Aos poucos se queria ver a Hóstia Consagrada e assim apareceram as Custódias ou Ostensórios para que todos pudessem contemplar a presença de Jesus no Santíssimo Sacramento.
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ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS
◊ Rio de Janeiro, 03 jun (RV) - Nesta quinta-feira, celebraremos a solenidade de “Corpus Christi”, ou seja, do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo. Em nossa Arquidiocese está sendo preparada, através da 84ª Semana Eucarística, nas concentrações e celebrações que ocorrem no Santuário Nacional da Adoração Perpétua, na Matriz de Santana, servida pelos Padres Sacramentinos. Ali, durante o ano todo, diariamente o Santíssimo Sacramento é adorado 24 horas, ecoando em nossa cidade a oração contínua do povo fiel.

Durante esta semana, os vários grupos, pastorais, movimentos se sucedem para rezar e refletir, à luz da Palavra de Deus, sobre alguns caminhos para encontrar Jesus Cristo: na comunidade de fé, na Palavra de Deus, na celebração dos Sacramentos e em especial da Eucaristia, na oração, no serviço aos necessitados, pobres e sofredores, no anúncio alegre da Boa Notícia aos irmãos e irmãs, quando abraçamos as cruzes que a vida coloca sobre nós. Jesus Cristo é o Caminho que nos leva ao Pai! Somos chamados a sempre recomeçar de Cristo, a sempre retomar nossa vida voltando às fontes e aos inícios de nossa jornada cristã. É bom poder expressar neste tempo a “alegria de sermos discípulos do Senhor e de termos sido enviados com o tesouro do Evangelho” (DAp 28).

Nestes dias de preparação, e agora vivenciando a grande solenidade desta quinta-feira, “desejamos que a alegria que recebemos no encontro com Jesus Cristo, a quem reconhecemos como o Filho de Deus encarnado e redentor, chegue a todos os homens e mulheres feridos pelas adversidades; desejamos que a alegria da boa nova do Reino de Deus, de Jesus Cristo vencedor do pecado e da morte, chegue a todos quantos jazem à beira do caminho, pedindo esmola e compaixão.” “Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-Lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-Lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria” (cfr. DAp 29).

A nossa vida é povoada de presenças visíveis ou invisíveis, presenciais ou virtuais, e todas elas nos ajudam na vida cotidiana. Nós encontramos Jesus de diversas formas e em especial, celebrando o seu “memorial”. Eucaristia “é o lugar privilegiado do encontro do discípulo com Jesus Cristo” (DAp 251).

A presença real de Jesus Cristo na Eucaristia nunca foi problema para os primeiros cristãos. Basta refletirmos sobre o capítulo 6º do Evangelho de São João. Porém, com o passar dos anos foi necessário que a Igreja declarasse oficialmente sua fé e, através dos sinais na história, empreendesse celebrações mais populares para manifestar seu modo de crer. A missa e procissão de “Corpus Christi” é um desses sinais. É a nossa “Festa da Unidade”, quando anunciamos que no deserto da vida e em nossa caminhada, o Senhor nos alimenta com o Seu Corpo e Seu Sangue!

Esta solenidade que é realizada na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade é uma festa de preceito, isto é, devemos participar da celebração da Missa neste dia. A procissão pelas vias públicas atende a uma recomendação do Código de Direito Canônico (Cân. 944), que determina ao Bispo diocesano que a providencie, onde for possível, “para testemunhar publicamente a veneração para com a Santíssima Eucaristia, principalmente na solenidade do Corpo e do Sangue de Cristo”. É recomendado que nestas datas, a não ser por causa grave e urgente, não se ausente da diocese o Bispo (Cân. 395, parágrafo 3º).

É costume solenizar e visibilizar o nosso amor por este grande mistério ornamentando as ruas por onde passa a procissão com tapetes coloridos e desenhos de inspiração religiosa. Estes enfeites, de longa data se constituem uma tradição no Brasil, recordando a nossa vida que deve estar bela e preparada para estar com Cristo.

A atual solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao século XIII. Instituída pelo Papa Urbano IV(1262-1264), através da bula “Transiturus”, de 11 de Agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes. Urbano IV, antes de ser escolhido Papa, foi Cônego de Liége (Bélgica) e atendia a freira Juliana de Liége, que, em sua vida mística, pedia uma festa da Eucaristia no calendário litúrgico. Esta solenidade entra no calendário litúrgico da Igreja para evidenciar e enfatizar a presença real do Senhor Jesus no pão e no cálice consagrados. Após a consagração, o pão e o vinho tornam-se Jesus sacramentado.

Um fato que ajudou a criar essa festa foi graças ao milagre de Bolsena (Itália) que durante a celebração da missa do sacerdote Pedro de Praga que, na época, se dirigia em peregrinação a Roma, ao túmulo dos Apóstolos para pedir o dom da fé, pois tinha dúvidas com relação à Eucaristia. Por solicitação do Papa Urbano IV, os sinais dessa revelação particular foram para Orviedo em solene procissão. Esta teria sido a primeira procissão eucarística. Em 11 de Agosto de 1264, o Papa lançou de Orviedo para o mundo Católico o preceito de uma festa solene em honra ao corpo e sangue do Senhor.

A festa de “Corpus Christi” é um convite para uma meditação sobre o valor e a importância da Eucaristia em nossa vida. A Eucaristia é um dos sete Sacramentos e foi instituída na Última Ceia, quando Jesus disse: “Este é o meu Corpo... Isto é o meu Sangue... fazei isto em memória de mim” (Mt 26,26). Assim, vemos que quem pediu que nós ao longo dos tempos e da história celebrássemos a Eucaristia foi o próprio Cristo. A Igreja Católica cumpre este mandato até hoje, para perpetuar a presença salvadora de Jesus na história, como deixa bem claro o texto bíblico do capítulo 6 de São João. Todo ele é um discurso eucarístico de Jesus, que disse “Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele” (Jo 6,56). A Eucaristia é a realização da promessa de Jesus, que disse: “Eis que estarei convosco até a consumação dos séculos”(Mt 28).

Santo Tomás de Aquino afirmou “Nenhum outro sacramento é mais salutar do que a Eucaristia. Pois, nele os pecados são destruídos, crescem as virtudes e a alma é plenamente saciada de todos os dons espirituais. A Eucaristia é o memorial perene da paixão de Cristo, o cumprimento perfeito das figuras da antiga aliança”. A celebração da solenidade de Corpus Christi consta de uma Missa, procissão, adoração e bênção com o Santíssimo Sacramento. Esta procissão com o Santíssimo nos recorda a caminhada do povo de Deus, como um povo peregrino neste mundo. No Antigo Testamento o povo foi alimentado pelo Maná, no deserto. Hoje, é alimentado com o próprio corpo e sangue de Cristo. Por isso, também um sinal concreto de nossa Arquidiocese nesse dia é a partilha dos alimentos que todos levam para a procissão, para serem depois repartidos com as diversas entidades que trabalham com os necessitados.

A vida cristã consiste em viver em Jesus Cristo, com Jesus Cristo e por Jesus Cristo neste mundo, ou seja, fazer da vida uma Eucaristia para os irmãos, como fez o Senhor Jesus. Que o Senhor Jesus, visibilizado pelo dom celestial da Eucaristia, abençoe nossas famílias bem como toda a Nossa Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro.

+ Orani João Tempesta, O. Cist.

Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ
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SOLENIDADE DO SANTÍSSIMO CORPO E SANGUE DE CRISTO
Ano da Fé 2012-2013

Esta festa é produto da devoção eucarística medieval ocidental; surgiu para afirmar a presença real contra os erros de Berengário de Tours (que negava esta presença real) e foi estendida a toda a Igreja pelo papa Urbano IV em 1264. A motivação apologética que determinou o surgimento da festa constituiu também o seu limite de conteúdo: atenção à presença real considerada de modo muito independente do mistério eucarístico total.

A reforma do Vaticano II, com a denominação mais completa dada à solenidade (menciona-se não somente o corpo mas também o sangue de Cristo) e com uma maior riqueza de textos bíblicos e novos prefácios à escolha, quis exprimir uma visão do mistério eucarístico que leve em conta todos os aspectos. Não devemos esquecer que a antiga e mais genuína espiritualidade eucarística, antes das polêmicas contra os erros de Berengário e dos protestantes, via na Páscoa o dia eucarístico por excelência.
A presença real-substancial de Cristo na eucaristia, lembrada por esta solenidade, deve ser vista enquanto nasce da e na celebração da missa, prolongando-se também depois, mas sem perder a sua relação essencial com o sacrifício.
Na solenidade do corpo exangue de Cristo realiza-se também a procissão, que remonta a um tempo antes do século XIII. Desse modo, expressa-se também, de modo solene, o culto da eucaristia fora da missa; de fato, mesmo que este sacramento tenha sido instituído como nosso alimento, não é por isso que diminui o dever de adorá-lo. (Cf BERGAMINI, Augusto. Cristo, festa da Igreja. Ed Paulinas, 1994, 430-432).

É certo que a instituição da Eucaristia é recordada de modo especial na Missa da Ceia do Senhor, quando o Cristo Senhor ceou com os discípulos e lhes entregou o sacramento do Seu Corpo e Sangue, para ser celebrado na Igreja. Mas nesta solenidade, propõe-se à piedade dos fiéis o culto de tão salutar sacramento, para que:
- celebrem as maravilhas de Deus nele significadas e realizadas mediante o mistério pascal,
- aprendam a participar do Sacrifício Eucarístico
- e a viver dele mais intensamente,
- venerem a presença de Cristo Senhor neste Sacramento,
- e por estes dons rendam a Deus as devidas ações de graças.

Como celebração peculiar desta solenidade, foi introduzida pela piedade da Igreja a procissão. Nela, o povo cristão, acompanhando a Eucaristia através das ruas em rito solene, com canto e oração, dá público testemunho de fé e piedade para com este Sacramento.
Convém, por isso, que, se as circunstâncias o permitirem onde ela se possa tornar verdadeira manifestação comum de fé e adoração, esta procissão seja mantida e fomentada. (Cf Cerimonial dos Bispos, No 385 e 386).

PROCISSÃO DEPOIS DA MISSA.

Preparar:
- na patena uma hóstia a ser consagrada para a procissão;
- ostensório;
- véu de ombros e pluvial se houver;
- turíbulo e naveta que já se usa na missa.
- Tochas e velas.

Terminada a comunhão dos fiéis, se depõe sobre o altar o ostensório, no qual se introduz a hóstia consagrada. O celebrante genuflete e volta à sedia, onde recita a oração depois da comunhão.
Omitidos os ritos de conclusão, organiza-se a procissão.
O celebrante depois de impor incenso no turíbulo, ajoelha-se diante do altar e incensa o Santíssimo Sacramento.
Depois, recebe o véu de ombros, sobre ao altar, genuflete, toma a custódia (ostensório), segurando com as mãos cobertas com o véu.
Procissão: À frente vai a cruz, ladeada pelos castiçais com as velas acesas (se houver), o turiferário, o Celebrante com o Santíssimo Sacramento (ladeado pelas tochas).

AS ESTAÇÕES ou altares:

- Pode-se marcar uma ou outra “estação”, dando-se inclusive a bênção eucarística (quando batem-se as sinetas e canta-se o Bendito louvado seja...);

- Os cânticos e orações deverão orientar-se no sentido de que todos manifestem a sua fé em Cristo e se ocupem unicamente do Senhor.

- Finda a procissão, dá-se a bênção com o Santíssimo Sacramento, na Igreja:
. Coloca-se o ostensório sobre o altar;
. O Celebrante genuflete;
. Impõe incenso e incensa o Santíssimo com as devidas inclinações;
. Entoa-se o Tão Sublime;
. O Celebrante levanta-se e diz: Oremos. Senhor Jesus Cristo, neste admirável sacramento...
. Depois da genuflexão, dá a bênção do Santíssimo (batem-se as sinetas),
. Reza-se os Benditos de joelhos;
. Guarda-se a Eucaristia.
. Procissão de volta à sacristia.


SUGESTÕES DE EVANGELHOS E TEMAS PARA AS ESTAÇÕES

Tema Geral: A Eucaristia e a Fé (o Ano da Fé)

1ª Estação:
Evangelho (proclamado por um ministro): Jo 6, 1-11.“Repartiu tudo o que queriam”.
- Tema: A Porta da Fé está sempre aberta (Porta Fidei: Nos 1,2,3).


2ª Estação:
Evangelho: Jo 6, 25-35. “A obra de Deus é esta: crer n’Aquele que Ele enviou».
- Tema: É preciso dar o passo, atravessar a soleira da porta: anúncio e acolhida; os conteúdos e o ato da fé (Porta Fidei: Nos 1 e 10).


3ª Estação:
Evangelho: Jo 6, 51-69. “Também vós quereis ir embora?”.
- Tema: Indicar a Porta da Fé. A fé cresce quando é comunicada (Porta Fidei: Nos 1 e 7 e Indicações da Sagrada Congregação). Transmitir a fé para as novas gerações.

4ª Estação:
Evangelho: Jo 13, 34-35. “Eu vos dou um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”.
- Tema: Celebrar a fé na liturgia. Eis o Mistério da Fé (Porta Fidei: Nos 7 e 8).

Subsídio reflexivo:
Prolongar a ação de graças
Na festa do Corpo e do Sangue de Cristo, costuma-se prolongar a ação de graças da Celebração Eucarística em espaço público, em forma de procissão. É a manifestação pública da fé na Eucaristia. É o reconhecimento do que Jesus Cristo fez por nós, doando a si mesmo ao Pai pela nossa salvação e entregando-se a nós como ceia mística: “Tomando um pão, deu graças, o partiu e o deu dizendo: Isto é o meu corpo, que é entregue por vós. Igualmente tomou a taça depois de cear e disse: Esta é a taça da nova aliança, selada com meu sangue, que é derramado por vós” (Lc 22, 19-20).
A procissão é um ato comunitário
É a comunidade de fé que se põe a caminho, para louvar, bendizer e adorar a Cristo na Eucaristia. Não é uma caminhada de luto, silenciosa, mas um povo a caminho, exultante, que derrama seu coração em público. É também ocasião para súplicas e pedidos de perdão, pois somos um povo frágil e carente.
Missa na vida do povo
A procissão eucarística é como que a inserção da Missa na vida do povo. A Missa termina como fermento na sociedade, como compromisso dos adoradores de Cristo pela transformação do mundo segundo o Evangelho: “Eu vos dou um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei” (Jo 13, 34). O povo alimentado pela Eucaristia anseia pela unidade em Cristo e pela solidariedade e a paz.
A Eucaristia é grande ação de graças e envio em missão.
A procissão, além de prolongamento da ação de graças, é também compromisso de transformação do mundo, segundo o Evangelho de Cristo.
Ao celebrar a doação de Cristo, recordamos do que Ele disse: “Eu vos dei o exemplo, para que façais o que eu fiz” (Jo 13, 15). Por isso, a festa de “Corpus Christi” é convite para gestos de amor, de busca da superação de ódios e de conflitos de poder.
A Eucaristia sustenta toda a vida da comunidade dos crentes. Enquanto tornamos presente o “amor até o extremo” pelo qual Jesus ofereceu sua vida na cruz (passado), nos comprometemos a formar um só corpo, animado pela fé e pela caridade solidária (presente), “enquanto esperamos sua vinda gloriosa” (1Cor 11,26) (futuro).
A celebração eucarística abraça e enche toda a história dando-lhe um novo sentido: torna presente realmente a Jesus em seu mistério de amor e de doação na Cruz (passado); a comunidade, obediente ao mandato de seu Senhor, deverá repetir o gesto da ceia continuamente enquanto dure a história “em memória de mim” (1Cor 11,24) (presente); e o fará sempre com a expectativa de sua, “até que ele venha” (1 Cor 11,26) (futuro). O mistério da instituição da Eucaristia nasce do amor de Cristo que se entrega por nós e, portanto, deverá sempre ser vivido e celebrado no amor e na entrega generosa, à imagem do Senhor, sem divisões nem hipocrisias.
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Corpus Christi: Manifestação pública de Jesus Eucarístico pelas ruas do Rio de Janeiro
Dom Orani João Tempesta partilha seu encontro com o Papa Francisco e convida para tradicional procissão
Por Dom Orani Tempesta, O.Cist.
RIO DE JANEIRO, 28 de Maio de 2013 (Zenit.org) - Compartilho com todos os jovens do Brasil e com o povo de Deus que caminha nesta Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro que, na última sexta-feira, dia 24 de maio, fui recebido no Palácio Apostólico pelo Santo Padre Francisco. Tive a alegria de presentear o Papa Francisco com um kit do peregrino; apresentei-lhe o disco de platina do CD da JMJ Rio 2013; em seguida entreguei-lhe uma imagem do Cristo Redentor para que o Santo Padre já entre no clima da sua estada em nossa cidade maravilhosa. Levei também algumas cartas e alguns exemplares do jornal da Arquidiocese. Evidentemente, foi um momento de graça extraordinária o nosso encontro com o Santo Padre, quando eu pude relatar os trabalhos de preparação para a Jornada. Mantive o Santo Padre informado de toda a alegria e expectativa muito positiva dos jovens, não só do Brasil, mas como todos os inscritos, de sua presença em nosso meio. Seja bem-vindo, Papa Francisco, aquele que vem em Nome do Senhor para nos confirmar na Fé em Jesus Cristo!
Nesta semana iremos celebrar a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Jesus Cristo. Já é tradicional em nossa Arquidiocese a procissão da unidade saindo da Igreja da Candelária até a Catedral de São Sebastião. Pela manhã, na Igreja Santana celebraremos a Santa Missa. Para esta solenidade quero convidar, de maneira especial, todos os jovens além dos demais grupos, pastorais, movimentos, serviços, irmandades, grupos de espiritualidades, consagrados, religiosos: enfim todos nossos diocesanos para que possamos rezar nessa manifestação pública diante do Santíssimo Sacramento pelo êxito da JMJ Rio 2013. Colocaremos para do Senhor os nossos trabalhos e lutas para que os que estarão participando de perto ou de longe tenham um verdadeiro encontro com Deus.
O significado de Corpus Christi é oriundo do latim e significa “Corpo de Cristo”. Esta solenidade, no Brasil comemorada sempre na quinta-feira depois da Festa da Santíssima Trindade, tem por objetivo celebrar solenemente o mistério da Eucaristia – o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo. Acontece sempre em uma quinta-feira em alusão à Quinta-feira Santa, quando se deu a instituição deste sacramento. Durante a última ceia de Jesus com seus apóstolos, Ele mandou que celebrassem Sua lembrança comendo o pão e bebendo o vinho que se transformariam em seu Corpo e em seu Sangue. "O que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeiramente comida e o meu sangue é verdadeiramente bebida. O que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. O que come deste pão viverá eternamente" (Jo 6, 55 - 59). Através da Santíssima Eucaristia, Jesus nos mostra que está presente ao nosso lado, e se faz alimento para nos dar força para continuar. Jesus nos comunica seu amor e se entrega por nós.
Corpus Christi remonta ao século XI. A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria sido inspirada para que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque. O Papa Urbano IV, em 1264, através da Bula "Transiturus de hoc mundo" estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e os textos litúrgicos, que até hoje são usados durante a celebração. Compôs o hino “Lauda Sion Salvatorem” (Louva, ó Sião, o Salvador), também ainda hoje usado e cantado nas liturgias do dia nos cinco continentes. A procissão com a Hóstia consagrada conduzida em um ostensório é datada de 1274. Foi na época barroca, contudo, que ela se tornou um grande cortejo de ação de graças.
A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento. A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo.
A Santíssima Eucaristia é o memorial sempre novo e sempre vivo dos sofrimentos de Jesus por nós. É pela Eucaristia que tomamos parte na vida divina, nos unindo a Jesus e, por Ele, ao Pai, no amor do Espírito Santo. Essa antecipação da vida divina aqui na Terra mostra-nos claramente a vida que receberemos no Céu, quando nos for apresentado, sem véus, o banquete da eternidade.
Na procissão de Corpus Christi acompanhamos o Ressuscitado no seu caminho pelo mundo inteiro, como dissemos. E, precisamente fazendo isto, respondemos também ao seu mandamento: "Tomai e comei... Bebei todos"(Mt26, 26s.). Comer este pão é comunicar, é entrar em comunhão com a pessoa do Senhor vivo. Esta comunhão, este ato de "comer", é realmente um encontro entre duas pessoas, é deixar-se penetrar pela vida d'Aquele que é o Senhor, d'Aquele que é o meu Criador e Redentor. A finalidade desta comunhão, deste comer, é a assimilação da minha vida à sua, a minha transformação e conformação com Aquele que é Amor vivo. Por isso, esta comunhão exige a adoração, requer a vontade de seguir Cristo, de seguir Aquele que nos precede. Assim sendo, a adoração e a procissão fazem parte de um único gesto de comunhão; respondem ao seu mandamento: "Tomai e comei".
Uma dimensão da Eucaristia é a de banquete. A Eucaristia nasceu na noite de Quinta-feira Santa, no contexto da ceia pascal. Traz, por conseguinte, inscrito na sua estruturao sentido de sentar-se à mesa: "Tomai, comei... Tomou, em seguida, um cálice e... entregou-lho dizendo: Bebei dele todos..." (cf.Mt 26,26.27). Este aspecto exprime bem a relação de comunhão que Deus quer estabelecer conosco e que nós mesmos devemos fazer crescer uns com os outros.
Irmãos, celebremos com fé e esperança esta manifestação pública de Jesus Eucarístico pelas ruas do Rio de Janeiro e coloquemo-nos como adoradores de Jesus Sacramentado para que a nossa vida seja uma perene Eucaristia!
† Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ
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Homilia da Missa de Corpus Christi – 30.05.2013

A Igreja instituiu um dia para celebrar a festa da Eucaristia chamada de Solenidade do Corpus Christi.

O simbolismo do pão e do vinho

Uma música do Padre Zezinho assim canta: Por um pedaço de pão e por um pouco de vinho Eu já vi mais de um irmão se desviar do caminho
Por um pedaço de pão e por um pouco de vinho Eu também vi muita gente encontrar novamente o caminho do céu Eu também vi muita gente voltar novamente ao convívio de Deus.
Por um pedaço de pão e um pouquinho de vinho Deus se tornou refeição e se fez o caminho

Historicamente o pão sempre foi um elemento fundamental para a alimentação humana e a fome por sua vez um grito de que o corpo anuncia quando seus recursos de energias extinguiram-se. A fome se sacia com alimentos representados pelo pão, o alimento é necessário para a vida.

Quem, passeando pelos campos e vendo um trigal magnífico, dourado e pronto para a safra; ou ainda, deparando- se com uma parreira carregada de uvas de atraentes tonalidades, a ponto de serem levadas para fazer o vinho, poderia imaginar que de toda essa poesia vai desabrochar no mais belo milagre que se passa na face da terra a Celebração da Eucaristia?

Com efeito, o trigo, depois de ceifado e colhido, é transformado em farinha, misturado com água e assado ao forno, tornando-se assim no alimento mais comum para o sustento do homem: o pão.

O pão é um produto acabado. Antes, porém, requereu trabalho que transformou o trigo em pão. Cada pedaço de pão é o resultado de uma história. Desde o preparo da terra, semeadura, cuidado e colheita, até o grão ser colhido, moído e transformado em farinha, para ser amassado e cozido.
"No início, no período da semeadura, os grãos de trigo foram lançados no seio da terra, que é uma mãe fecunda, e após uma morte aparente e um tempo de gestação ou germinação, o homem maravilhado vê nascer a espiga".

Na multiplicação dos pães, que ouvimos no Evangelho é a prefiguração do sacramento da Eucaristia, Jesus tem a intenção de saciar a fome daquelas cinco mil pessoas famintas. Esta é a primeira referência da Eucaristia em relação com a fome do corpo e da alma, nós temos fome de pão material e espiritual. E assim nos aproximamos da Sagrada Comunhão.

A Eucaristia instituída por Jesus.
A Eucaristia, realmente, é o maior tesouro da Igreja.
A Eucaristia é o coração é o ápice da vida da Igreja, pois nela Cristo associa sua Igreja e todos os seus membros a seu sacrifício de louvor e de ação de graças oferecido uma vez por todas na cruz a seu Pai; por seu sacrifício Ele derrama as graças da salvação sobre o seu corpo, que é a Igreja.
Na Última Ceia, Ele tomou o pão, benzeu, partiu e deu a seus discípulos, dizendo: "Tomai e comei; isto é o meu corpo". Depois tomou o cálice com vinho, rendeu graças e lhes deu, dizendo: "Bebei dele todos, porque isto é o meu sangue derramado por vós, o sangue da Nova Aliança".

É assim que ensina o Apóstolo Paulo, na 2ª Leitura que ouvimos onde afirma ter aprendido diretamente do Salvador essa mesma doutrina: "Eu recebi do Senhor o que vos transmiti: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão e, depois de ter dado graças, partiu-o e disse: Isto é o meu corpo, que é entregue por vós; fazei isto em memória de Mim. Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei- o em memória de Mim" -

Mas por que Jesus escolheu o pão e vinho como sinais deste sacramento?

O pão é fruto do trabalho humano, alimento que reúne as pessoas ao redor da mesa, como um sinal de comunhão, não serve somente para matar a fome, mas é um sinal de unidade. O vinho é o símbolo de alegria e usado para festejar, mas também é o sinal do sangue derramado para selar a Nova Aliança realizada por Jesus que instituiu a Eucaristia como um banquete para celebrar a vitória da vida sobre a morte e a conquista da vida eterna.
O amor à Sagrada Eucaristia nos leva cada um de nós a fazer dela um grande sentido para nossa vida.
O pão e o vinho são frutos nobres do reino vegetal, com os quais se nutre e se conserva a vida do corpo. Santo Irineu qualifica o pão e o vinho como "primícias dos dons de Deus". Foi por isso que foram escolhidos como sinais concretos para a Eucaristia, instituída por Jesus para conservar e aumentar a vida espiritual da pessoa humana.

Desde que Jesus instituiu a Eucaristia na Santa Ceia, a Igreja nunca parou de celebrá-la, crendo firmemente na presença do Senhor na Hóstia consagrada. A Igreja nunca duvidou da presença real do Corpo, Sangue, Alma e Divindade do Senhor na Eucaristia.

Aproximemo-nos, pois, do Sacramento da Eucaristia, com muita fé na presença real de Cristo no nosso meio; como um prenúncio do eterno convívio que teremos com Jesus no Céu.

Padre Lauri

Bênção dos Pães

Introdução:
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Para a grande maioria dos povos, o pão faz parte da alimentação diária; por isso, quando a Bíblia fala do pão material refere-se ao alimento diário, o pão é algo essencial para todo o ser humano. Não se pode viver sem alimento.
A “Fração do pão” foi o primeiro nome que a Eucaristia recebeu, e hoje neste dia da Eucaristia queremos invocar a Benção do Pai para o Pão Nosso de cada dia sobre estes pães que temos para distribuir.
”Jesus tomou o pão e, depois de pronunciar a bênção, partiu-o e deu-o aos seus discípulos”. Mt 26,26

- A nossa proteção está no nome do Senhor.
- Que fez o céu e a terra.
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.

Oremos

Senhor Jesus Cristo que, tendo compaixão do povo, abençoastes no deserto os cinco pães, nós vos pedimos  abençoai o pão e o trabalho nosso de cada dia, para que alimentados deste pão sejamos fortes na luta contra o mal e na prática do bem. Isto nós Vos pedimos a Vós que sois o Pão Vivo que dá vida e a Salvação ao mundo, em união com o Pai e o Espírito Santo. - Amém.

POR PADRE MAIKOL http://www.maikol.com.br/

VIA EMAIL DE :*·Ir. Zuleides Andrade, ASCJ·*

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Comentário de Maria Aparecida Ricardo em 4 junho 2013 às 19:07

Ele está no meio de nós!

Comentário de Roseane Valle em 30 maio 2013 às 18:45

Obrigada pela partilha!

Comentário de Rose Conceição em 30 maio 2013 às 10:41

Gratidão por este carinho.

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