Foste mãe de modo plenamente livre,
apesar de a tua maternidade ter sido um dom de Deus.
De facto, os dons de Deus são-nos concedidos
em forma de possibilidades, a fim de os podermos aceitar ou não.
Na verdade, o nosso Deus jamais nos manipula ou violenta.
Isto quer dizer que Deus, por ser amor,
propõe-se à pessoa humana, mas nunca se nos se nos impõe.
Assim aconteceu contigo Maria:
Deus convidou-te e tu assumiste de modo consciente e livre
a tua missão maternal, vivendo-a como uma vocação.
Isto quer dizer que a tua maternidade messiânica
é fruto de um chamamento de Deus. Tu és, Maria, a mulher fiel!
És a nossa Senhora da gratidão,
pois respondeste ao chamamento de Deus com o teu “Magnificat”.
Foste uma esposa carinhosa e mãe de doação total.
E como amaste de coração inteiro, és a Senhora do amor virginal.
Aprofundaste o mistério do teu Filho, meditando as Escrituras.
Compreendeste o alcance espiritual da sua missão salvadora.
Nunca pretendeste ser a rainha mãe.
Por isso estavas preparada para orientar os discípulos após a Páscoa.
Estes, ao contrário de ti, pretendiam ser ministros
do reino terreno do teu Filho (Mc 10, 35-44).
O Espírito Santo encontrou um eco perfeito no teu coração.
Graças à tua fidelidade plena e incondicional,
o Filho de Deus, no teu seio, tornou-se nosso irmão.
Na verdade, foi no teu seio que o divino se enxertou no humano,
a fim de todos nós sermos divinizados:
Jesus de Nazaré, o teu Filho, e o Filho Eterno de Deus
ficaram unidos de modo orgânico, interactivo e dinâmico,
graças à acção maternal do Espírito Santo.
E foi assim que todos nós fomos beneficiados
pela tua maternidade, tornando-nos filhos de Deus no teu Filho,
sendo incorporados com ele na comunhão da Santíssima Trindade.
Ao longo das gerações o teu nome tem sido bendito,
realizando-se deste modo a profecia de São Lucas o evangelista.
Como a nossa identidade histórica se mantém no Reino de Deus,
tu foste assumida na Família de Deus como mãe do Messias Salvador.
Tu és, Maria, a Nossa Senhora do sim!
Na verdade, tu és bendita entre todas as mulheres…
No acontecimento histórico de Jesus Cristo
o teu amor maternal interagiu com o Espírito Santo que é o amor maternal de Deus.
Isto quer dizer que o divino se enxertou no humano
graças à acção do Espírito Santo e ao teu sim incondicional.
Por teres amado de coração inteiro,
foste assumida na plenitude máxima da vida.
Bendita sejas, Maria, por teres tomado Deus a sério.
Foi também com este jeito que preparaste o coração do teu Filho
para a sua doação total a Deus e ao Homem.
Com seu jeito maternal de amar, o Espírito Santo
optimizou o teu amor maternal, conferindo-lhe esse jeito divino de amar.
E foi assim que no teu seio, o Céu se uniu à Terra!
Viveste a tua maternidade como um serviço a Deus e à Humanidade.
Sob o teu olhar maternal, o teu Filho crescia e ia sendo consagrado,
isto é, optimizado, pela acção do Espírito Santo
cuja plenitude o habitava (Lc 4, 18-21).
Através de ti Deus concedeu aos homens
a melhor dádiva que tinha para lhes dar.
Maria,
Tu és realmente Bendita entre todas as mulheres!
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias
Fonte: http://calmeiro-matias.blogspot.com.br
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