Neste tempo somos chamados a celebrar a Páscoa. Antes de ser uma celebração externa, a Páscoa nos convida para um movimento espiritual em nossa Alma.
Começamos na quaresma percorrendo o deserto, somos tentados como Jesus e com Cristo, vencemos!
Antes de iniciar sua vida pública, logo após ter sido batizado por João no rio Jordão, Jesus passou 40 dias no deserto. Esse retiro de Jesus mostra a necessidade que Ele teve em se preparar para a missão que O esperava. Contam os Evangelhos que no deserto Jesus era conduzido pelo Espírito, o que quer significar que vivia em oração e recolhimento, discernindo a vontade de Deus para Sua vida e como atuaria a partir de então.(...) As tentações que Jesus viveu – e venceu! – nos são apresentadas como aquelas que também nós vivemos e precisamos vencer. Jesus havia experimentado o encontro com o Pai em sua totalidade, no silêncio e na solidão do deserto. (do site http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_noticia...)
Após esses dias, começamos então a percorrer o Caminho de Cristo – a via sacra – até a Ressurreição por isso precisamos mergulhar no significado de cada momento espiritual como uma força para nossa transformação, como discípulos que somos.
O sacrifício de Cristo na cruz não é um acontecimento do passado, este sacrifício está além do tempo e do espaço, até o fim dos tempos, e nesse momento especial da Páscoa, ele produz para os que a vivem em Espírito e Verdade, frutos de Luz para a continuação de nossa caminhada na Terra tendo em vista o Céu, nossa morada eterna!
A Páscoa é fonte de vida que deve ser renovada em nosso dia-adia, é um convite a ser, viver e gerar a esperança de um mundo melhor; esperança de sermos pessoas melhores. A ressurreição de Jesus projeta uma luz esclarecedora sobre a nossa realidade, sobre a razão da nossa vida, nossas posturas. Ë com o coração aberto que entendemos o sentido da Páscoa, é mudando o olhar sobre as questões sociais, é refletindo as atitudes tomadas (...)Acreditar na Páscoa é acreditar no Homem Novo que nasce dentro de nós a partir da ressurreição do Senhor e movido por um novo sopro de encanto pela vida, pela vida BEM vivida: lutando para vencer o sofrimento, investindo na fraternidade, dizendo “sim” ao amor, construindo a paz, sendo presença amiga e ajudando mais gente a ser “pessoa’.. (do site: http://www.santissimavirgemaria.com.br/pascoa_vida_nova.html)
Os dias mais importantes da Páscoa estão no chamado Tríduo Pascal:
Tríduo Pascal
São os três dias mais importantes de todo o nosso calendário litúrgico, sendo o ponto culminante a Vigília Pascal. O tríduo se inicia com a celebração da Quinta-feira Santa e termina com as vésperas do Domingo da Ressurreição.
Quinta-feira Santa da Ceia do Senhor. Nesta celebração, somos convidados a celebrar a Nova Aliança selada com o Corpo e o Sangue do próprio Cristo. O gesto do lava-pés mostra Jesus como aquele que veio para servir e ao mesmo tempo nos convoca ao serviço do Reino.
Sexta-feira Santa da Paixão do Senhor. Nesta celebração, somos convidados a compreender e a viver mais profundamente o mistério da cruz.
Sábado Santo. É o dia da oração silenciosa. Recordamos a morte e o sepultamento de Cristo.
Vigília Pascal e Domingo da Ressurreição. É a festa da Vida Nova: a Liturgia do Fogo e da Luz, em que o Círio Pascal é aceso com o fogo novo e representa o Cristo Ressuscitado que, com sua luz, vence a escuridão; a Liturgia da Água e do Batismo, quando toda a assembléia é convidada a renovar as promessas batismais e a professar solenemente a fé; e a Liturgia Eucarística.
Cada discípulo é chamado, nesses dias, a viver a experiência da morte e ressurreição, a permanecer com Cristo porque este Cristo está vivo em cada um de nós, de modo pessoal e também em toda a humanidade.
Vivamos então este Tempo Sagrado, transportando-nos internamente para perto de nosso Amado Cristo em cada dia do Tríduo. Sempre com Maria, nossa Mãe!
Feliz Páscoa para todos!
Alegria sempre!
Na noite, em que Jesus Cristo passou da morte à vida, a Igreja convida os seus filhos a reunirem-se em vigília e oração. Na verdade, a Vigília pascal foi sempre considerada a mãe de todas a vigílias e o coração do Ano litúrgico. A sensibilidade popular poderia pensar que a grande noite fosse a noite de Natal, mas a teologia e a liturgia da Igreja adverte que é a noite da Páscoa, «na qual a Igreja espera em vigília a Ressurreição de Cristo e a celebra nos sacramentos» (Normas gerais sobre o Ano litúrgico, 20). No texto do Precónio pascal, chamado o hino “Exsultet” e que se canta nesta celebração, diz-se que esta noite é «bendita», porque é a «única a ter conhecimento do tempo e da hora em que Cristo ressuscitou do sepulcro! Esta é a noite, da qual está escrito: a noite brilha como o dia e a escuridão é clara como a luz». Por isso, desde o início a Igreja celebrou a Páscoa anual, solenidade das solenidades, com um vigília noturna.
A celebração da Vigília pascal articula-se em quatro partes: 1) a liturgia da luz ou “lucernário”; 2) a liturgia da Palavra; 3) a liturgia batismal; 4) a liturgia eucarística.
1) A liturgia da luz consiste na bênção do fogo, na preparação do círio e na proclamação do precónio pascal. O lume novo e o círio pascal simbolizam a luz da Páscoa, que é Cristo, luz do mundo. O texto do precónio evidencia-o quando afirma que «a luz de Cristo (...) dissipa as trevas de todo o mundo» e convida a «celebrar o esplendor admirável desta luz (...) na noite ditosa, em que o céu se une à terra, em que o homem se encontra com Deus!».
2) A liturgia da Palavra propõe sete leituras do Antigo Testamento, que recordam as maravilhas de Deus na história da salvação e duas do Novo Testamento, ou seja, o anúncio da Ressurreição segundo os três Evangelhos sinópticos, e a leitura apostólica sobre o Batismo cristão como sacramento da Páscoa de Cristo. Assim, a Igreja, «começando por Moisés e seguindo pelos Profetas» (Lc 24,27), interpreta o mistério pascal de Cristo. Toda a escuta da Palavra é feita à luz do acontecimento-Cristo, simbolizado no círio colocado no candelabro junto ao Ambão ou perto do Altar.
3) A liturgia batismal é parte integrante da celebração. Quando não há Batismo, faz-se a bênção da fonte batismal e a renovação das promessas do Batismo. Do programa ritual consta, ainda, o canto da ladainha dos santos, a bênção da água, a aspersão de toda a assembleia com a água benta e a oração universal. A Igreja antiga batizava os catecúmenos nesta noite e hoje permanece a liturgia batismal, mesmo sem a celebração do Batismo.
4) A liturgia eucarística é o momento culminante da Vigília, qual sacramento pleno da Páscoa, isto é, a memória do sacrifício da Cruz, a presença de Cristo Ressuscitado, o ápice da Iniciação cristã e o antegozo da Páscoa eterna.
Estes quatro momentos celebrativos têm como fio condutor a unidade do plano de salvação de Deus em favor dos homens, que se realiza plenamente na Páscoa de Cristo por nós. Por consequência, a Ressurreição de Cristo é o fundamento da fé e da esperança da Igreja.
Gostaria de destacar dois elementos expressivos desta solene vigília: a luz e a água.
A Vigília na noite santa abre com a liturgia da luz, evocando a ressurreição de Cristo e a peregrinação de Israel guiado pela coluna de fogo. A liturgia salienta a potência da luz, como o símbolo de Cristo Ressuscitado, no círio pascal e nas velas que se acendem do mesmo, na iluminação progressiva das luzes da igreja, ao acender das velas do altar e com as velas acesas na mão para a renovação das promessas batismais. O símbolo mais iluminador é o círio, que deve ser de cera, novo cada ano e relativamente grande, para poder evocar que Cristo é a luz dos povos. Ao acender o círio pascal do lume novo, o sacerdote diz: «A luz de Cristo gloriosamente ressuscitado nos dissipe as trevas do coração e do espírito» e depois apresenta o círio como «lumen Christi - a luz de Cristo». Quando alguém nasce, costuma-se dizer que «veio à luz» ou que «a mãe deu à luz». Podemos, por isso dizer que a Igreja veio à luz na Páscoa de Cristo. De facto, toda a vida da Igreja encontra a sua fonte no mistério da Páscoa de Cristo.
A água na liturgia é, igualmente, um símbolo muito significativo. «A água é rica de mistério» (R. Guardini). Ela é simples, pura, limpa e desinteressada. Símbolo perfeito da vida, que Deus preparou, ao longos dos tempos, para manifestar melhor o sentido do Batismo. A oração da bênção da água faz memória da ação salvífica de Deus na história através da água. Com efeito, a água é benzida, para que o homem, criado à imagem e semelhança de Deus, «no sacramento do Batismo seja purificado das velhas impurezas e ressuscite homem novo pela água e pelo Espírito Santo». Na tradição eclesial, a fonte batismal é comparada ao seio materno e a Igreja à mãe que dá à luz
O simbolismo fundamental da celebração litúrgica da Vigília é o de ser uma “noite clara”, ou melhor «a noite que brilha como o dia e a escuridão é clara como a luz». Esta noite inaugura o “Hodie - Hoje” da liturgia, como se tratasse de um único dia de festa sem ocaso (o dia da celebração festiva da Igreja que se prolonga pela oitava pascal e pelos cinquenta dias do Tempo pascal), no qual se diz «eis o dia que fez o Senhor, nele exultemos e nos alegremos» (Sl 118).
Padre José Cordeiro, Reitor do Pontifício Colégio Português (Roma)
http://agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=85314
LEITURAS DO TRÍDUO PASCAL
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Para mim a semana santa é a mais importante,da igreja,e o domingo de pascoa, é onde sinto uma grande gratidão,porque sei que ele morreu por nós e está ressuscitado no meio de nós.
glorias a ti Senhor
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