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Sétimo dia
A vida daSantíssima Virgem no templo
1. Consideremos a vida santa de Maria no templo. Terminada a cerimônia de apresentação, retiraram-se os santos esposos Joaquim e Ana para a sua casa. Foi um sacrifício enorme que os santos pais acabavam de fazer, separando-se da sua filha tão querida, deste anjinho idolatrado. A santa menina recolheu-se depois do último adeus, ao claustro, junto ao templo, onde as donzelas consagradas ao serviço de Deus e do templo se educavam. Daquela hora em diante considerava-se consagrada inteiramente ao serviço de Deus. Não procurava outra coisa senão tornar-se cada vez mais agradável aos seus olhos pela prática de todas as virtudes. Causava admiração às suas companheiras por sua inteligência, sua doçura, sua humildade e servia a todas de modelo. Peçamos à Santa Virgem que nos ajude a cumprir com as promessas do batismo, pois do cumprimento delas depende a nossa eterna salvação.
2. Contemplemos a obediência de Maria no templo. Maria teve no templo superiores a quem obedecer, regulamentos a observar e deveres a cumprir. Com a maior boa vontade submetia-se a todas as ordens. São Boaventura diz que Maria no templo cumpriu escrupulosamente quanto lhe era ordenado pelo sumo pontífice, sob cuja direção estava. Que espetáculo tão edificante, ver a futura Rainha do céu ocupada com os mais humildes cuidades domésticos, vê-la obediente a qualquer aceno, sempre alegre, sempre pronta! Nunca se queixou, nunca murmurou contra ordem alguma. Era obediente por amor de Deus como a mais humilde escrava.
3. Contemplemos Maria nos seus trabalhos. Nunca se deixou vencer pela moleza e preguiça. Apenas rompia a aurora, levantava-se de seu leito, vestia-se e rezava com muito fervor suas orações da manhã. Depois começava a trabalhar com as mais puras e santas intenções. Seu espírito durante o trabalho ficava unido com Deus. Tudo o que fazia era por amor de Deus e para agradar-Lhe, não para ser louvada e elogiada pelos homens. Desta maneira, todo o trabalho dela convertia-se em uma fervorosa oração de louvor. Assim adquiria a cada instante novos tesouros de merecimentos diante de Deus, e fez maravilhosos progressos em todas as virtudes. Sem a boa intenção, pela qual oferecemos a Deus todos os nossos trabalhos e sofrimentos, eles não valem nada para a eternidade. Entretanto, seria tão fácil fazer todos os dias este ato de oferecimento. Pois que custa dizer de manhã: "Ó meu Deus, eu Vos ofereço neste dia todos os meus pensamentos, todas as minhas palavras e obras, todos os prazeres e sofrimentos. Seja tudo por amor de Vós." Acostumemo-nos a não deixar passar um só dia sem fazer a boa intenção.
Rezemos 3 Ave-Marias para obter a graça de fazer e sofrer tudo por amor de Deus.
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