Cidade do Vaticano (RV) – O departamento de Celebrações Litúrgicas do Vaticano divulgou segunda-feira, 27, uma nota assinada pelo cerimoniário, Mons. Guido Marini, a respeito da festividade do próximo dia 30 de maio: o Papa Francisco presidirá a celebração eucarística na Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo no adro da Basílica de São João de Latrão; seguirá em procissão eucarística até a Basílica de Santa Maria Maior e concederá a solene bênção eucarística na basílica liberiana.
Já o Cardeal-Vigário, Dom Agostino Vallini, escreveu uma carta dirigida aos párocos da diocese, esclarecendo que “esta celebração é de particular importância no Ano da Fé, em que somos chamados a testemunhar também nas ruas de nossa cidade a presença real de Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento”.
O Secretariado-Geral do Vicariato de Roma informa que para a participação dos fiéis, os portões de acesso à Praça estarão abertos a partir das 17h. “Não haverá bilhetes de ingresso. Religiosos, enfermos em cadeiras de rodas (com seus acompanhantes), confrarias e associações eucarísticas serão encaminhados para áreas especiais.
Os bilhetes estão disponíveis apenas para o acesso ao adro esquerdo (religiosos e seminaristas) e direito (sacerdotes). Os ingressos para estas áreas podem ser retirados no Vicariato até quarta-feira (29).
Para quem não está em Roma, pode seguir a missa e a procissão de Corpus Christi na Basílica de São João de Latrão a partir das 19h locais (14h – horário de Brasília), com os comentários em português pela Rádio Vaticano.
(CM)
Livrete da Celebração para a Santa Missa e Procissão Eucarística na... (em italiano)
Tão sublime Sacramento, adoremos neste altar,
Pois o Antigo Testamento deu ao Novo seu lugar.
Venha a Fé, por suplemento os sentidos completar.
Ao eterno Pai cantemos e a Jesus, o Salvador.
Ao Espírito exaultemos na Trindade, Eterno Amor.
Ao Deus Uno, e Trino demos a alegria do louvor.
Amém, Amém.
Tão sublime Sacramento, adoremos neste altar,
Pois o Antigo Testamento deu ao Novo seu lugar.
Venha a Fé, por suplemento os sentidos completar.
Ao eterno Pai cantemos e a Jesus, o Salvador.
Ao Espírito exaultemos na Trindade, Eterno Amor.
Ao Deus Uno, e Trino demos a alegria do louvor.
Amém, Amém.
No final do século XIII surgiu em Lieja, Bélgica, um Movimento Eucarístico cujo centro foi a Abadia de Cornillon fundada em 1124 pelo Bispo Albero de Lieja. Este movimento deu origem a vários costumes eucarísticos, como por exemplo a Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento, o uso dos sinos durante a elevação na Missa e a festa do Corpus Christi.
Santa Juliana de Mont Cornillon, naquela época priora da Abadia, foi a enviada de Deus para propiciar esta Festa. A santa nasceu em Retines perto de Liège, Bélgica em 1193. Ficou órfã muito pequena e foi educada pelas freiras Agostinas em Mont Cornillon. Quando cresceu, fez sua profissão religiosa e mais tarde foi superiora de sua comunidade. Morreu em 5 de abril de 1258, na casa das monjas Cistercienses em Fosses e foi enterrada em Villiers.
Desde jovem, Santa Juliana teve uma grande veneração ao Santíssimo Sacramento. E sempre esperava que se tivesse uma festa especial em sua honra. Este desejo se diz ter intensificado por uma visão que teve da Igreja sob a aparêncai de lua cheia com uma mancha negra, que significada a ausência dessa solenidade.
Juliana comunicou estas aparições a Dom Roberto de Thorete, o então bispo de Lieja, também ao douto Dominico Hugh, mais tarde cardeal legado dos Países Baixos e Jacques Pantaleón, nessa época arquidiácolo de Lieja, mais tarde o Papa Urbano IV.
O bispo Roberto focou impressionado e, como nesse tempo os bispos tinham o direito de ordenar festas para suas dioceses, invocou um sínodo em 1246 e ordenou que a celebração fosse feita no ano seguinte, ao mesmo tempo o Papa ordenou, que um monge de nome João escrevesse o ofócio para essa ocasão. O decreto está preservado em Binterim (Denkwürdigkeiten, V.I. 276), junto com algumas partes do ofício.
Dom Roberto não viveu para ser a realização de sua ordem, já que morreu em 16 de outubro de 1246, mas a festa foi celebrada pela primeira vez no ano seguinte a quinta-feira posterior à festa da Santíssima Trindade. Mais tarde um bispo alemão conheceu os costume e a o estendeu por toda a atual Alemanha.
O Papa Urbano IV, naquela época, tinha a corte em Orvieto, um pouco ao norte de Roma. Muito perto desta localidade está Bolsena, onde em 1263 ou 1264 aconteceu o Milagre de Bolsena: um sacerdote que celebrava a Santa Missa teve dúvidas de que a Consagração fosse algo real., no momento de partir a Sagrada Forma, viu sair dela sangue do qual foi se empapando em seguida o corporal. A venerada relíquia foi levada em procissão a Orvieto em 19 junho de 1264. Hoje se conservam os corporais -onde se apóia o cálice e a patena durante a Missa- em Orvieto, e também se pode ver a pedra do altar em Bolsena, manchada de sangue.
O Santo Padre movido pelo prodígio, e a petição de vários bispos, faz com que se estenda a festa do Corpus Christi a toda a Igreja por meio da bula "Transiturus" de 8 setembro do mesmo ano, fixando-a para a quinta-feira depois da oitava de Pentecostes e outorgando muitas indulgências a todos que asistirem a Santa Missa e o ofício.
Em seguida, segundo alguns biógrafos, o Papa Urbano IV encarregou um ofício -a liturgia das horas- a São Boa-ventura e a Santo Tomás de Aquino; quando o Pontífice começou a ler em voz alta o ofício feito por Santo Tomás, São Boa-ventura foi rasgando o seu em pedaços.
A morte do Papa Urbano IV (em 2 de outubro de 1264), um pouco depois da publicação do decreto, prejudicou a difusão da festa. Mas o Papa Clemente V tomou o assunto em suas mãos e, no concílio geral de Viena (1311), ordenou mais uma vez a adoção desta festa. Em 1317 é promulgada uma recopilação de leis -por João XXII- e assim a festa é estendida a toda a Igreja.
Nenhum dos decretos fala da procissão com o Santíssimo como um aspecto da celebração. Porém estas procissões foram dotadas de indulgências pelos Papas Martinho V e Eugênio IV, e se fizeram bastante comuns a partir do século XIV.
A festa foi aceita em Cologne em 1306; em Worms a adoptaram em 1315; em Strasburg em 1316. Na Inglaterra foi introduzida da Bélgica entre 1320 e 1325. Nos Estados Unidos e nos outros países a solenidade era celebrada no domingo depois do domingo da Santíssima Trindade.
Na Igreja grega a festa de Corpus Christi é conhecida nos calendários dos sírios, armênios, coptos, melquitas e os rutínios da Galícia, Calábria e Sicília.
Finalmente, o Concílio de Trento declara que muito piedosa e religiosamente foi introduzida na Igreja de Deus o costume, que todos os anos, determinado dia festivo, seja celebrado este excelso e venerável sacramento com singular veneração e solenidade; e reverente e honorificamente seja levado em procissão pelas ruas e lugares públicos. Nisto os cristãos expressam sua gratidão e memória por tão inefável e verdadeiramente divino benefício, pelo qual se faz novamente presente a vitória e triunfo sobre a morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
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Grata Regina!
LINDO
PARA MIM ESTE É O DIA EM QUE "DEUS" NOS CONVIDA APASSEAR COM ELE PELAS RUAS DE NOSSA CIDADE.
ESSE É O UNICO DIA NO ANO EM QUE O SANTÍSSIMO SAI AS RUAS.
QUANDO ESTOU NA PROCISSÃO, ME VEJO LÁ NOS LUGARES ONDE JESUS VIVEU, ME VEJO NAQUELA MULTIDÃO QUE O SEGUIA.
É UM DIA LINDO.
Não conhecia Essa Verdade Crística, embora sempre eu tenha sentido uma verdadeira atração às procissões e solenidade de Corpus Christi! Que forma mais sublime de estarmos unidos a Jesus!
Obrigada irmã Regina, pela postagem e por tão rica e santa informação. Abraços.
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