“Melhor que se sentar para estruturar uma nova organização pastoral, fazendo marcas d’água, unindo paróquias, celebrando missas “secas” sem cura, seria que todos os bispos, de maneira uníssona, pedissem ao Papa a reintegração desses cem mil sacerdotes secularizados – se assim ele o desejarem – ao ministério”. É o que escreve José María Lorenzo Amelibia, presidente da Associação de Sacerdotes Casados da Espanha (ASCE), e publicada por Religión Digital, 04-08-2014. A tradução é do Cepat.
Eis a carta.
Santidade: Quando assinei o pedido de secularização inclui, em uma folha a parte, um posfácio com esta anotação: “Saio do clero porque, devido a minha maneira de ser, necessito, para meu equilíbrio interior, contrair o matrimônio. Não renuncio ao sacerdócio. No momento em que necessitarem de mim, podem me chamar; sigo com vocação sacerdotal”.
Cinquenta e seis anos depois de ter sido ordenado, continuo com essa mesma vocação. Mas ninguém me chamou, apesar da enorme carência de “operários da colheita”. Hoje eu de pouco serviria, dada minha velhice: com oitenta anos, não posso fazer muito, mas posso fazer algo.
E aqui vem a minha iniciativa, a questão que trago. Melhor que se sentar para estruturar uma nova organização pastoral, fazendo marcas d’água, unindo paróquias, celebrando missas “secas” sem cura, seria que todos os bispos, de maneira uníssona, pedissem ao Papa a reintegração desses cem mil sacerdotes secularizados – se assim ele o desejarem – ao ministério. Mas ainda há tempo! E ele urge!
Também poderia se ter conseguido que em cada povoado houvesse um sacerdote, um homem casado, que atendesse o pequeno rebanho de maneira desinteressada, isto é, sem nenhuma despesa. E ainda há tempo, e ele urge! Não seria difícil encontrar um presbítero para cada povo, e haveria mais voluntários que apoiariam do que possamos imaginar. Uma vez ordenados como sacerdotes, a ação pastoral da diocese seria realizada de uma maneira muito mais eficaz do que se comparada às extravagâncias de nossos pastores da década passada.
Com frequências fazemos projetos eclesiais. E me parece estupendo que hoje nos abram os canais de opinião.
Santidade, aqui estou disponível e, mais do que eu, milhares que são mais jovens e têm muita fé. Um abraço.
José María Lorenzo Amelibia
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/533960-carta-de-um-sacerdote-se...
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CREIO QUE O CELIBATO É UMA VOCAÇÃO E ALGO PESSOAL. AOS PADRES PODERIA SER DADA A OPÇÃO DE CASAR, OU NÃO. CADA UM QUE ESCOLHESSE, SEGUNDO A VOCAÇÃO. PENSO QUE OS QUE OPTASSEM PELO MATRIMÔNIO, DEVERIAM SER DIOCESANOS, NÃO VINCULADOS A ORDENS RELIGIOSAS. O MATRIMÔNIO NÃO PREJUDICA, MAS AJUDA A SANTIFICAR OS QUE TEM ESTA VOCAÇÃO. CONTUDO, MUITOS PADRES NÃO TEM A VOCAÇÃO MATRIMONIAL E ISSO DEVE SER RESPEITADO. TAMBÉM, TEM MUITO HOMEM JÁ CASADO COM VOCAÇÃO SACERDOTAL E, A ESSES, DEVERIA SER DADO A GRAÇA DO SACERDÓCIO. BOM PARA A IGREJA E PARA TODOS.
Triste saber que faltam sacerdotes. Mas ao invés de ficar aí lamentando, há tantas formas de servir ao Senhor e se santificar sem ser sacerdotes. Conheço um aqui na minha paróquia que só não faz consagração, realiza batismo, coordena as procissões, faz celebrações...É um exemplo de pessoa dedicada ao Senhor, que todos esses sacerdotes casados deveriam se espelhar enquanto a Igreja não faz a mudança. Paz e bem a todos e me perdoem por expressar a minha opinião.
Também concordo.
Élem
Concordo
E mulheres também...para que descriminar!!!!
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