A MORADA DA PAZ SUPREMA
(Hildegarde de Bingen)
A Liberdade é o Êxtase reencontrado, no qual se exprime
e se imprime o brilho radiante da Vida. Não me prendendo
a mais nada, a Vida me sustenta. O laço da Vida é o Amor
cuja manifestação é Luz e Vibração.
Além de toda aparência, além de todo sentido, Eu Sou
a Essência Una de toda Criação.
Apagando-me de mim-mesmo (a), decorre a Vida Una.
Apagando-me de todo sonho e de toda ilusão, descobre-se o Amor,
que me fecunda a cada segundo, por seu Canto e sua Voz,
na Indizível Felicidade da alegria sem causa.
Eu Te dou tudo, e eu Te dou tudo de mim, para que Tu
forjes, no Fogo do Amor, minha Eternidade reencontrada.
Eu Sou Tu, como Tu és eu. Ao me afastar de toda aparência
de todo sofrimento, eu descubro Tua Transparência. Então
eu vivo em Ti, como Tu vives em mim. Uma Vida de Graça,
ao mesmo tempo de Plenitude e de Vacuidade, ao mesmo
tempo de Beleza e de Infinito.
Eu sei que eu vivo o que Tu És, seja o que eu viva. O que Eu Sou
É A Vida. Instalado (a) na Vida, Eu Sou a Eternidade e Tu És
minha Eternidade. Tu preenches o que Eu Sou, além de mim,
como além de Ti. Nós Somos Um, no Amor e na Liberdade.
Tu e eu, Livres, regando o Espírito na Fonte da Verdade.
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