Ave Luz

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 Jesus foi vegetariano?

Segundo descrito na Bíblia, Gálatas, cap. 6:7-8, assim advertiu o apóstolo Paulo:

“Não vos enganeis, de Deus não se zomba. Pois aquilo que uma pessoa semear, isto também colherá; porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna.”

É só olhar para o mundo e veremos o que estamos colhendo. Essa é a Lei da Justiça Divina, a Lei do Karma, se semeamos sofrimento e morte aos outros seres, colheremos sofrimento e morte; se semeamos misericórdia e mansidão, colheremos misericórdia e mansidão.

Assim disse Jesus no Sermão da Montanha, descrito em Mateus, cap. 5:3-9:

“Bem-aventurados os humildes pelo espírito, porque deles é o Reino dos Céus! Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados! Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra! Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados! Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia! Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus! Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus!”

O coração do vegetarianismo é o fundamento, a base do Reino dos Céus na Terra (Mundo de Grande Harmonia). O vegetariano chora e é manso para com nossos irmãos menores, os pequeninos animais; ele tem fome de justiça para com os pequeninos animais; ele é misericordioso para com eles. Sendo que tornar-se vegetariano é o início da purificação de nossos corações, mentes e corpos, para então podermos chegar a ser realmente humildes em espírito, herdando o Reino dos Céus.

Jesus no Sermão da Montanha (Mateus, 5:21) também nos ensina sobre a retidão dos Mandamentos Divinos, indo além das interpretações da época:

“Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e quem matar, sujeito estará ao tribunal. Eu, porém, vos digo que todo aquele que se encoleriza contra seu irmão, sujeito estará ao tribunal.”

“Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo que todo o que vê uma mulher desejando a mesma, já adulterou com ela no coração dele.”

Jesus deixa bem claro que o Caminho Verdadeiro é reto e até mesmo um olhar, um pensamento ou sentimento negativo para o outro já nos sujeitará ao tribunal do karma.

Nós, seres humanos, matamos o Filho de Deus. Para saciar a sede por sangue de nossos demônios, Jesus deixou derramar seu próprio sangue, oferecendo-se como Cordeiro de Deus, aguentando toda dor e sofrimento.

Mas a realidade cruel que vivemos mostra que morte de Jesus não foi suficiente para despertar nosso coração por completo. Quantos de nós serão necessários morrer até que nós acreditemos?

Vamos refletir sobre o coração divino de Cristo: tão puro, manso e misericordioso, aguentou a todo sofrimento e ainda pediu a Deus que tivesse compaixão de nós, pois não sabíamos o que estávamos fazendo.

Certamente Deus está muito triste com a gente.

Quando eu estava organizando este artigo pedi muitas vezes a Deus para me ajudar a encontrar comprovações de que Jesus foi vegetariano. Enquanto eu ia encontrando fui me sentindo muito feliz. Mas então quando eu fui transcrever, eu chorei sentindo uma enorme vergonha, pois como nós podemos ser tão ignorantes ao ponto de duvidar que o Filho de Deus foi vegetariano. O coração de Jesus: tão humilde, amável, misericordioso e manso, com certeza seria incapaz de semear dor e sofrimento aos outros seres.

Pesquisando encontramos comprovações de que Jesus teve ligação com os essênios. Na época de Jesus havia 3 grupos de judeus: saduceus, fariseus e essênios. Os essênios era uma comunidade muito humilde que se estabeleceu às margens do Mar Morto, com uma prática bem firme em princípios e regras, entre elas o de não gerar sofrimento aos animais, por isso eram vegetarianos, pois aceitavam a existência da reencarnação.

O próprio Papa atual Bento XVI estabeleceu no dia 5-4-2007 uma relação entre Jesus e os essênios (comunidade de Qumram), na sua homilia na “Missa da Santa Ceia” realizada na basílica romana de S. João de Latrão, referindo-se aos manuscritos que foram encontrados em 1947 nas cavernas de Qumram, próximas do Mar Morto.

Durante a homília daquela quinta-feira, o Papa Ratzinger declarou que Jesus “celebrou a Páscoa com seus discípulos provavelmente segundo o calendário de Qumran, e por isso, pelo menos um dia antes” da data judaica estabelecida na época.
Bento XVI acrescentou que essa hipótese não é ainda aceita por todos, mas que é a mais provável para explicar as “aparentes contradições” entre os diferentes Evangelhos que contam a vida de Cristo. Assim, pode ser considerado historicamente exato o Evangelho de João, em que Jesus morre na cruz no momento da Páscoa judia, quando os cordeiros eram sacrificados no Templo de Jerusalém, enquanto que, nos outros três Evangelhos, sua “Última Ceia” acontece na noite de Páscoa. Ainda segundo o Papa, Jesus celebrou a Páscoa “sem cordeiro, como a comunidade de Qumran”, que não sacrificava animais. “No lugar do cordeiro ofereceu a si mesmo, ofereceu sua vida”, acrescentou.

Em relação aos essênios e Jesus, além desses manuscritos encontrados em 1947, em 1880 o reverendo inglês Gideon Ouseley achou um manuscrito chamado “Evangelho dos Doze Santos” (ou “Evangelho da Perfeição”) num monastério budista na índia, escrito em aramaico – a língua que Jesus falava – que teria sido levado para o Oriente por essênios refugiados. Nessa versão desconhecida do Novo Testamento se revela mesmo um Jesus que defendia a reencarnação e era vegetariano, pois condenava o próprio morticínio dos animais dizendo no capítulo 21 o seguinte:

“Vim para abolir as festas sangrentas e os sacrifícios, e se não cessais de sacrificar e comer carne e sangue dos animais, a ira de Deus não terminará de persegui-los, como também perseguiu a vossos antepassados no deserto, que se dedicaram a comer carne e que foram eliminados por epidemias e pestes.”

E ainda é afirmado que: “as aves se reuniam ao seu redor e lhes davam as boas-vindas com seu canto e outras criaturas vivas se postavam a seus pés e ele (Jesus) as alimentava com suas mãos’…

Todos nós aqui conhecemos São Francisco de Assis, certamente o Amor de Cristo o inspirava, pois ele amava todas as criaturas, tratando todos os animais por irmãos, sendo também vegetariano.

Uma pessoa que tem amor/compaixão no coração ao ver pela primeira vez um animal gritando sendo morto, não consegue depois comê-lo. Coloquemos uma criança de 3 anos para assistir essa cena mostrando todo o processo até chegar no prato dela, então, veremos que ela rejeitará, pois nossa natureza original é boa e tem compaixão pelos animais.

Cristo é amor absoluto! Cabe a nós agora escolher se realmente queremos seguir o Caminho do Coração de Cristo ou ceder a tentação do gosto da carne arcando com as conseqüências. Pois “os misericordiosos receberão misericórdia” (Mt 5:7) e os sem compaixão “serão entregues aos torturadores até que paguem toda dívida” (Mt 18:34). Qualquer alma, seja superior ou inferior, tem o direito de nos cobrar no tribunal do karma.

Só o Amor e a Verdade nos libertam do sofrimento.

texto do site: http://autocura.wordpress.com

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Comentário de Roberto Ferraz Silveira Junior em 2 maio 2012 às 14:03

Muito Obrigado Fada!

Comentário de MARIA ELISA em 1 maio 2012 às 8:13

EXELENTE ENSINAMENTO... OBRIGADA FADA PELA POSTAGEM...OBRIGADA MARIA ELISA

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