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Vigésimo dia
As dores de Maria Santíssima
1. Vinte e dois anos eram passados depois daquela cena aflitíssima, em que a Mãe do Redentor procurou ansiosamente o seu amado Filho pelas ruas de Jerusalém. Vamos considerar agora como a mesma Mãe, com o coração transido de dor, segue o seu Filho pelas ruas da mesma cidade ao lugar do suplício. Oh, tristíssimo quadro! Jesus vergado sob o peso da enorme cruz, caminhava para o Calvário, deixando no caminho longos traços de seu sangue, e a Mãe das Dores o acompanhava, torturada de indizível angústia. Assistia ao pé da cruz à horrível agonia de seu divino Filho, ouviu os seus gemidos, ouviu o seu tocante clamor ao eterno Pai, sem poder dar-lhe o mínimo alívio. Que martírios para o coração terno da Mãe!
2. Consideremos os motivos por que Deus permitia que Maria sofresse tantas dores. Foi para fazê-la mais semelhante a seu Filho, que foi o mais atribulado de todos os homens; foi para dar-lhe ensejo de merecer novas coroas; foi, enfim, para no-la propôr como o mais perfeito modelo em todas as nossas aflições. Em nossas aflições, consideremos as dores de Maria, para suportá-las também com paciência e torná-las meritórias.
3. Consideremos as virtudes que Maria pratica ao pé da cruz. Estava a Senhora de pé, derramou tantas lágrimas que até pareciam de sangue vivo, como diz São Germano, porém não se queixou, nem faleceu de dor, e conformou-se com a divina vontade. Seu Filho era-lhe infinitamente mais caro do que a própria vida, mas heroicamente o oferece ao eterno Pai pela salvação dos homens. Enquanto o coração estava despedaçado de dores, a sua vontade não vacilava nem um momento na sua inteira submissão sob a vontade de Deus.
Rezemos 3 Ave-Marias para pedir um grande amor à Mãe das Dores, que tanto sofreu por nós.
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