Ave Luz

Alegra-te cheia de graça!

Aqueles que se aproximam do sacramento da Penitência obtêm da misericórdia divina o perdão da ofensa feita a Deus e ao mesmo tempo são reconciliados com a Igreja que feriram pecando, e a qual colabora para sua conversão com caridade, exemplo e orações.

Esse sacramento chama-se: 
1. sacramento da Conversão (caminho de volta ao Pai); 

2. da Penitência (esforço de conversão, de arrependimento e de satisfação por parte do cristão pecador); 

3. da Confissão, porque a declaração, a confissão dos pecados diante do sacerdote é um elemento essencial desse sacramento, além da confissão que se faz da santidade de Deus e de sua misericórdia para com o homem pecador; 

4. do Perdão, porque, pela absolvição sacramental do sacerdote, Deus concede "o perdão e a paz";

5. da Reconciliação: porque dá ao pecador o amor de Deus que reconcilia. Quem vive do amor misericordioso de Deus está pronto a responder ao apelo do Senhor: "Vai primeiro reconciliar-te com teu irmão" (Mt 5,24).

Perguntas e respostas sobre o Sacramento da Penitência

1. O que é o sacramento da Penitência?

O sacramento da Penitência, ou Reconciliação, ou Confissão, é o sacramento instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo para apagar os pecados cometidos depois do Batismo. É, por conseguinte, o sacramento de nossa cura espiritual, chamado também sacramento da conversão, porque realiza sacramentalmente nosso retorno aos braços do pai depois de que nos afastamos com o pecado.

2. É possível obter o perdão dos pecados mortais sem a confissão?

Depois do Batismo não é possível obter o perdão dos pecados mortais sem a Confissão, embora seja possível antecipar o perdão com a contrição perfeita acompanhada do propósito de confessar-se.

3. E se depois de feita a constrição a pessoa  não se confessa?

Quem se comporta desta maneira comete uma falta grave. Pois todos os pecados mortais cometidos depois do batismo devem ser acusados na Confissão.

4. O que se requer para fazer uma boa confissão?

Para fazer uma boa confissão é  necessário: fazer um cuidadoso exame de consciência, arrepender-se  dos pecados cometidos e o firme propósito de não cometê-los mais (contrição), dizer os outros pecados ao sacerdote (confissão), e cumprir a penitência (satisfação).

5. O que é o exame de consciência?

O exame de consciência é a diligente busca dos pecados cometidos depois da última Confissão bem feita.

6. No exame de consciência é necessário ter exato o número dos pecados?

Dos pecados graves ou mortais é preciso acusar  também o número, porque cada pecado mortal deve ser dito na confissão.

7. O que é a dor dos pecados?

A dor dos pecados é o sincero pesar e a repulsa dos pecados cometidos.

8. De quantos tipos é a dor?

A dor é de dois tipos: dor perfeita (ou contrição) e dor imperfeita (ou atrição).

9. Quando se tem dor perfeita ou contrição?

Tem-se a dor perfeita ou contrição quando se arrepende dos próprios pecados porque se ofendeu a Deus, imensamente bom e digno de ser amado: quando a dor nasce do amor desinteressado a Deus, quer dizer, da caridade.

10. Quando se tem a dor imperfeita ou atrição?

Tem-se a dor imperfeita ou atrição quando o arrependimento, assim que inspirado pela fé, tem motivações menos nobres: por exemplo, quando nasce da consideração da desordem causada pelo pecado, ou pelo temor da condenação eterna (Inferno) e das penas que o pecador pode receber.

11. Pela dor dos pecados obtém-se imediatamente o perdão?

A dor perfeita unida ao propósito de confessar-se obtém imediatamente o perdão; a dor imperfeita só se obtém, pelo contrário,  na confissão sacramental.

12. É necessário arrepender-se de todos os pecados cometidos?

Para a validez da confissão é suficiente arrepender-se de todos os pecados mortais, mas para o progresso espiritual é necessário arrepender-se também dos pecados veniais.

13. Um verdadeiro arrependimento requer também o propósito de abandonar o pecado?

O arrependimento certamente olha para o passado, mas implica necessariamente um empenho para o futuro com a firme vontade de não cometer jamais o pecado.

14. Pode-se ter um verdadeiro arrependimento se a gente prevê que antes ou depois tornará a cair em pecado?

A previsão do pecado futuro não impede que se tenha o propósito sincero de não cometê-lo mais, porque o propósito depende só do conhecimento que nós temos de nossa fraqueza.

15. O que é a confissão?

A confissão é a manifestação humilde e sincera dos próprios pecados al sacerdote confessor.

16. Quais pecados são obrigatórios confessar?

Estamos obrigados a confessar todos e cada um dos pecados graves, ou mortais, cometidos depois da última confissão bem feita.

17. Quais são os pecados mortais mais freqüentes?

As faltas objetivamente mortais mais freqüentes são (seguindo a ordem dos mandamentos): praticar de qualquer modo a magia; blasfemar; perder a Missa dominical ou as festas de preceitos sem um  motivo sério; tratar mau aos próprios pais ou superiores; matar ou ferir gravemente a uma pessoa inocente; procurar diretamente o aborto; procurar o prazer sexual e solitário ou com outras pessoas que não sejam o próprio cônjuge; para os cônjuges, impedir a concepção no ato conjugal; roubar alguma soma relevante, inclusive desviando ou subtraindo no trabalho; murmurar gravemente sobre o próximo ou caluniá-lo; cultivar voluntariamente pensamentos ou desejos impuros; faltar gravemente com o próprio dever;  aproximar-se da Sagrada Comunhão em estado de pecado mortal; omitir voluntariamente um pecado grave na confissão.

18. Se a pessoa esquece um pecado mortal, obtém igualmente o perdão na confissão?

Se a pessoa esquecer um pecado mortal, pode obter igualmente o perdão, mas na confissão seguinte deve confessar o pecado esquecido.

19. Se a pessoa omitir voluntariamente um pecado mortal obtém o perdão dos outros pecados?

Se uma pessoa, por vergonha ou por outros motivos, omite um pecado mortal, não só não obtém nenhum perdão, mas também comete um novo pecado de sacrilégio, o de profanação de uma coisa sagrada.

20. Há obrigação de confessar os pecados veniais?

A confissão dos pecados veniais não é necessária, mas é muito útil para o progresso da vida cristã.

21. O confessor deve dar sempre a absolvição?

O confessor deve dar sempre a absolvição se o penitente estiver bem disposto, quer dizer, se estiver sinceramente arrependido de todos seus pecados mortais. Se pelo contrário, o penitente não está bem disposto, não tendo a dor ou o propósito de emenda, então o confessor não pode e não deve dar a absolvição.

22. O que deve fazer o penitente depois da absolvição?

O penitente depois da absolvição deve cumprir a penitência que lhe foi imposta e reparar os danos que seus pecados  eventualmente tiverem causado ao próximo (por exemplo, deve restituir o roubado).

23. Quais são os efeitos do sacramento da Penitência?

São a reconciliação com Deus e com a Igreja, a recuperação da graça santificante, o aumento das forças espirituais para caminhar para a perfeição, a paz e a serenidade da consciência com uma  viva consolação do espírito.

24. Como se pode superar a dificuldade que se sente para confessar-se?

Que tem dificuldades para confessar-se deve considerar que o sacramento da Penitência é um dom maravilhosos que o Senhor nos deu. No "tribunal" da Penitência o culpado jamais é condenado, mas sempre absolvido. Pois quem se confessa não se encontra com um simples homem, mas com  Jesus, o qual, presente em seu ministro, como fez um tempo com o leproso do Evangelho (Mc 1, 40ss.) também hoje nos toca ou nos cura; e, como fez com a menina que jazia morta nos toma pela mão repetindo aquelas palavras: "Talita kumi, menina,  eu te digo, levante-te!" (Mc 5, 41).

25. A confissão nos ajuda também no caminho da virtude?

A confissão é um meio extraordinariamente eficaz para progredir no caminho da perfeição. Com efeito, além de nos dar a graça "medicinal" própria do sacramento, faz-nos exercitar as virtudes fundamentais de nossa vida cristã. A humildade acima de tudo, que é a base de todo o edifício espiritual, depois a fé em Jesus Salvador e em seus méritos infinitos, a esperança do perdão e da vida eterna, o amor para Deus e para o próximo, a abertura de nosso coração à reconciliação com quem nos ofendeu. Enfim, a sinceridade, a separação do pecado e o desejo sincero de progredir espiritualmente.

Ato de Contrição (Após a confissão)
 
  Meu Deus, eu me arrependo de todo o coração de vos Ter ofendido, porque sois tão bom e amável. Prometo, com a vossa graça, esforçar-me para ser bom. Meu Jesus, misericórdia! Senhor meu Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, Criador e Redentor meu: por serdes Vós quem sois, sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque Vos amo e estimo, pesa-me, Senhor, de todo o meu coração, de Vos Ter ofendido; pesa-me também de Ter perdido o céu e merecido o inferno; e proponho firmemente, ajudado com o auxílio de Vossa divina graça, emendar-me e nunca mais Vos tornar a ofender. Espero alcançar o perdão de minhas culpas pela Vossa infinita misericórdia. Amém.

“Com o perdão o coração renova-se e rejuvenesce” – o Papa Francisco na celebração penitencial

O Papa Francisco presidiu a uma celebração penitencial não final da tarde desta sexta-feira na Basílica de São Pedro. O Santo Padre confessou alguns fiéis e depois confessou-se com um dos 61 sacerdotes presentes na basílica vaticana. Esta celebração marcou o início da iniciativa "24 horas para o Senhor", promovida pelo Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização. Este grande evento está a decorrer em várias dioceses do mundo durante este sábado.
No decorrer da celebração penitencial o Papa Francisco começou por considerar que no período da Quaresma, a Igreja, em nome de Deus, renova o seu apelo à conversão. É um chamamento para mudar de vida:

Converter-se não é uma questão de um momento ou de um período do ano... é um compromisso que dura toda a vida.

O Papa Francisco citou o Apóstolo João que escreve: “Se dissermos: ‘Não temos pecado’, enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, Ele, que é fiel e justo, perdoará os nossos pecados e nos purificará de toda injustiça.” Entra-se, assim, numa vida nova na qual somos chamados a renunciar ao pecado permitindo ver a realidade com olhos diferentes – salientou o Papa Francisco:

Esta vida nova permite-nos ver a realidade com olhos diferentes, sem nos deixar distrair por coisas que não contam nada e que não podem durar no tempo. Por isso, somos chamados a renunciar a comportamentos de pecado e a dirigir os nossos olhos ao essencial.”


O homem vale mais por aquilo que é do que por aquilo que tem’ – disse o Papa citando a Constituição Pastoral ‘Gaudium et Spes’. Eis, assim, a diferença entre a vida deformada pelo pecado e a vida iluminada pela graça:
Do coração do homem renovado por Deus, provêm bons comportamentos: falar sempre a verdade e evitar toda a mentira; não roubar, mas compartilhar aquilo que se tem com os outros, especialmente com quem precisa; não ceder à ira, ao rancor e à vingança, mas ser dócil, generoso e pronto ao perdão; não fazer calúnias que arruínam a fama das pessoas, mas ver mais o lado positivo de cada um. “

O Papa Francisco referiu-se depois ao amor de Jesus Cristo no qual devemos permanecer:

O amor de Jesus Cristo dura para sempre, nunca terá fim, porque é a própria vida de Deus. Este amor vence o pecado e dá a força para nos reerguermos e recomeçar, porque com o perdão, o coração renova-se e rejuvenesce.”

O nosso Pai nunca se cansa de amar e os seus olhos não se cansam de olhar para o caminho para ver se o filho que saiu volta ou perdeu-se – continuou o Santo Padre que afirmou ainda que ‘Deus não está somente na origem do amor, mas, em Jesus Cristo, chama-nos a imitar o seu mesmo modo de amar:“Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.

Na medida em que os cristãos vivem este amor, tornam-se discípulos credíveis de Cristo no mundo. O amor não consegue ficar fechado em si mesmo. É aberto por natureza, difunde-se e é fecundo, gera sempre novo amor.”

Finalmente o Papa Francisco referiu-se à iniciativa “24 horas para o Senhor”, dizendo que muitos serão missionários e proporão a outros a experiência da reconciliação com Deus. “24 horas para o Senhor” uma iniciativa à qual aderiram muitas dioceses, em várias partes do mundo:

A todos os que encontrardes, podereis comunicar a alegria de receber o perdão do Pai e de reencontrar a amizade plena com Ele. E dizer-lhes que o nosso Pai espera-nos, o nosso Pai perdoa-nos e mais ainda, faz festa.” 

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Comentário de elem de paulo souza em 4 abril 2014 às 23:51

Obrigada Regina.

Tinha várias dúvidas quanto a confissão.

Agora não mais tenho.

Bjs,

Élem

Comentário de Janaina Franques Silva em 1 abril 2014 às 9:37

gostei muito :)

vou crisma esse mês dia 19/04

e minhas duvidas sobre a confissão eram muitas obrigada por

ser uma enviada  Regina Maria tenha um bom dia 

Comentário de Roberto Ferraz Silveira Junior em 30 março 2014 às 10:28

Muito Obrigado Fada San!

Comentário de Juli em 29 março 2014 às 16:37

Comentário de Roseane Valle em 29 março 2014 às 13:36

Grata

Comentário de maria de lourdes de farias lima em 29 março 2014 às 11:00

BOM DIA

  AMIGA MUITO OBRIGADA,POR MIN ENSINAR SOBRE  CONFESSAR

SEMPRE MIN CONFESSO ANDE DA SEMANA SANTA

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