UMA METÁFORA: quando vocês morrem neste mundo
o mundo continua, mas para vocês ele não existe mais.
É tão simples assim.
Então, é claro, é sedutor (para a alma voltada para a
matéria) imaginar uma perenidade através da reencarnação
imaginar uma evolução para esperar, um dia sair do que
é nomeado "ciclos da reencarnação", a Roda da Ilusão.
Mas, em última análise, a alma que foi infundida pelo
Espírito não se coloca mais esse tipo de questões, porque
ela não procura em meio a este mundo, nem recompensa
nem justificação. A alma conectada ao que ela É, no Espírito,
na Verdade, na Unidade, não tem mais necessidade do que
quer que seja para se apoiar neste mundo. Isso não é a
negação da vida, mas é realmente, a Transcendência da vida
confinada para a Vida Liberada.
Conforme a minha metáfora, quando vocês morrem, para
vocês o mundo desapareceu, nada resta do que era este mundo.
Do mesmo modo, quando a alma despertou para o Espírito,
quando ela efetuou a sua Reversão, no momento específico
em que a Porta Estreita é atravessada, no momento em que o
coração do Coração se aproxima, então, naquele momento
tudo o que era justificativa e explicação, no plano em que
vocês estão, não tem mais consistência. A única coisa
que se mantém consistente é a Eternidade, e isso é suficiente
para fazê-los viver neste corpo, o Êxtase e a Beatitude.
Então, em meio à personalidade, há sempre uma tendência
a querer comparar, mesmo de maneira quase inconsciente.
Nada há a comparar, nada há a contrapor, há apenas que Ser
o que nós fomos, todos nós, e o que nós Somos, todos nós.
Aceitar isso é a maior das Humildades e das Simplicidades.
Isso não é se rebaixar, nem se elevar: é colocar-se no
lugar correto que é aquele do Amor e da Luz.
(Ma Ananda Moyi)
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