Ave Luz

Alegra-te cheia de graça!

 

UMA METÁFORA: quando vocês morrem neste mundo

o mundo continua, mas para vocês ele não existe mais.

É tão simples assim.

Então, é claro, é sedutor (para a alma voltada para a

matéria) imaginar uma perenidade através da reencarnação

imaginar uma evolução para esperar, um dia sair do que

é nomeado "ciclos da reencarnação", a Roda da Ilusão.

Mas, em última análise, a alma que foi infundida pelo

Espírito não se coloca mais esse tipo de questões, porque

ela não procura em meio a este mundo, nem recompensa

nem justificação. A alma conectada ao que ela É, no Espírito,

na Verdade, na Unidade, não tem mais necessidade do que

quer que seja para se apoiar neste mundo. Isso não é a

negação da vida, mas é realmente, a Transcendência da vida

confinada para a Vida Liberada.

Conforme a minha metáfora, quando vocês morrem, para

vocês o mundo desapareceu, nada resta do que era este mundo.

Do mesmo modo, quando a alma despertou para o Espírito,

quando ela efetuou a sua Reversão, no momento específico

em que a Porta Estreita é atravessada, no momento em que o

coração do Coração se aproxima, então, naquele momento

tudo o que era justificativa e explicação, no plano em que

vocês estão, não tem mais consistência. A única coisa

que se mantém consistente é a Eternidade, e isso é suficiente

para fazê-los viver neste corpo, o Êxtase e a Beatitude.

Então, em meio à personalidade, há sempre uma tendência

a querer comparar, mesmo de maneira quase inconsciente.

Nada há a comparar, nada há a contrapor, há apenas que Ser

o que nós fomos, todos nós, e o que nós Somos, todos nós.

Aceitar isso é a maior das Humildades e das Simplicidades.

Isso não é se rebaixar, nem se elevar: é colocar-se no

lugar correto que é aquele do Amor e da Luz.

(Ma Ananda Moyi)    

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