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Evangelho do dia (Mt 17,10-13) - Dia de São João da Cruz - 14 de dezembro

Evangelho (Mt 17,10-13)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Ao descerem do monte, 10os discípulos perguntaram a Jesus: “Por que os mestres da Lei dizem que Elias deve vir primeiro?” 11Jesus respondeu: “Elias vem e colocará tudo em ordem. 12Ora, eu vos digo: Elias já veio, mas eles não o reconheceram. Ao contrário, fizeram com ele tudo o que quiseram. Assim também o Filho do Homem será maltratado por eles”. 13Então os discípulos compreenderam que Jesus lhes falava de João Batista.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

Elias já veio, mas não o reconheceram. Pe. Queiroz

SÁBADO - 14 de Dezembro de 2013 - Evangelho - Mt 17,10-13
Padre Queiroz
 Elias já veio, mas não o reconheceram.
Malaquias, o último profeta do Antigo Testamento, disse, na última frase do seu livro: “Eis que eu vos envio o profeta Elias, antes que chegue o grande e terrível Dia do Senhor. Ele fará os corações dos pais voltarem-se para os filhos e o dos filhos, para os pais, para eu não mais vir condenar a terra ao interdito” (Ml 3,23-24).
Como o profeta Elias viveu num tempo de crise e procurou reconduzir o povo ao seguimento de Deus, que é tarefa do Messias, e subiu vivo para o céu (2Rs 2,1-18), os mestres da Lei diziam que Elias devia vir primeiro, antes do Messias. Por isso que os discípulos perguntaram a Jesus: “Por que os mestres da Lei dizem que Elias deve vir primeiro?”
Jesus explica que não é que Elias ia voltar em carne e osso; ia vir um profeta com o Espírito e o poder de Elias, isto é, com o mesmo carisma dele, a fim de colocar tudo em ordem, preparando assim o povo para acolher o Messias. E esse profeta é João Batista.
Mas eles (os mestres da Lei), continua Jesus, não o reconheceram e o mataram, assim como vão matar o próprio Messias.
O Anjo Gabriel, quando apareceu a Zacarias e profetizou o nascimento de João Batista, disse que “ele irá adiante de Deus com o espírito e o poder de Elias” (Lc 1,17).
Os pecadores gostam de escolher seus próprios profetas, conforme o seu gosto; profetas que falam o que eles querem ouvir. Fundam até religiões conforme o seu gosto.
Mas Deus continua enviando seus profetas, a fim de recolocar tudo em ordem e reconduzindo o povo para Deus.
A palavra profeta vem de proferir, falar. Na Bíblia, profeta é aquele que fala em nome de Deus. É uma pessoa comprometida com a Palavra de Deus, com a verdade, a justiça e a igualdade entre as pessoas. “Porei em sua boca as minhas palavras, e ele (ela) lhes comunicará tudo o que eu lhe mandar” (Dt 18,18).
No nosso batismo, nós recebemos a missão profética. Logo depois que o ministro derramou água na nossa cabeça, ele pegou o santo Óleo do Crisma e disse: “Que o Senhor te consagre com o Óleo santo, para que, como membro de Cristo, sacerdote, profeta e rei, continues no seu povo até a vida eterna”. Em seguida, ungiu com o Óleo a nossa cabeça.
Se compararmos com as eleições políticas, no batismo nós fomos eleitos profetas, e na crisma tomamos posse desse mandato.
O carisma profético nos leva a percebermos claramente as situações humanas que estão de acordo com o Evangelho (situações evangélicas), e nos dá forças para anunciar isso aos outros. Por outro lado, leva-nos também a perceber as situações anti-evangélicas, e nos dá força para denunciá-las.
O profeta é corajoso e claro. Ele não tem medo de nada. A sua missão é colocar tudo em ordem. Por isso, geralmente o profeta é perseguido.
Como é importante nós acolhermos bem os profetas que Deus nos envia, e nós também sermos profetas, assumindo assim a nossa vocação batismal!
Certa vez, uma viúva pobre, e mãe de quatro filhos pequenos, foi à padaria de manhã  buscar um litro de leite.
Ela disse para o dono da padaria, que atendia no balcão: “Por favor, meus filhos estão com fome e eu não tenho dinheiro agora. O senhor me venda um litro de leite, e logo que eu receber minha aposentadoria, pagá-lo-ei.
O homem lhe disse friamente: “Desculpe, minha senhora, mas nós aqui não vendemos fiado”. E foi logo atender outra senhora.
Esta lhe disse: “Eu quero um litro tipo B, porque é para eu dar para o meu cachorro”. Com um sorriso, o dono da padaria lhe vendeu o leite e ela voltou para casa, enquanto a viúva saía de mãos vazias.
Era esse tipo de pecado que João Batista denunciava com veemência, citando os fatos com local, data e nome de quem fez. Por isso que ele, e também Jesus, foram condenados.
Maria Santíssima, através do seu hino Magnificat, mostrou-se uma verdadeira profetiza. Que ela nos ajude a viver melhor o dom e a missão profética.
Elias já veio, mas não o reconheceram.
Pe. Queiroz
DIA DE SÃO JOÃO DA CRUZ

O santo deste dia é conhecido como “doutor místico”: São João da Cruz. Nasceu em Fontiveros, na Espanha, em 1542. Seus pais, Gonçalo e Catarina, eram pobres tecelões. Gonçalo morreu cedo e a viúva teve de passar por dificuldades enormes para sustentar os três filhos: Francisco, João e Luís, sendo que este último morreu quando ainda era criança. Como João de Yepes (era este o seu nome de batismo) mostrou-se inclinado para os estudos, a mãe o enviou para o Colégio da Doutrina. Em 1551, os padres jesuítas fundaram um colégio em Medina (centro comercial de Castela). Nele, esse grande santo estudou Ciências Humanas.

Com 21 anos, sentiu o chamado à vida religiosa e entrou na Ordem Carmelita, na qual pediu o hábito. Nos tempos livres, gostava de visitar os doentes nos hospitais, servindo-os como enfermeiro. Ocasião em que passou a ser chamado de João de Santa Maria. Devido ao talento e à virtude, rapidamente foi destinado para o colégio de Santo André, pertencente à Ordem, em Salamanca, ao lado da famosa Universidade. Ali estudou Artes e Teologia. Foi nesse colégio nomeado de “prefeito dos estudantes”, o que indica o seu bom aproveitamento e a estima que os demais tinham por ele. Em 1567 foi ordenado sacerdote.

Desejando uma disciplina mais rígida, São João da Cruz quase saiu da Ordem para ir ingressar na Ordem dos Cartuxos, mas, felizmente, encontrou-se com a reformadora dos Carmelos, Santa Teresa D’Ávila, a qual havia recebido autorização para a reforma dos conventos masculinos. João, empenhado na reforma, conheceu o sofrimento, as perseguições e tantas outras resistências. Chegou a ficar nove meses preso num convento em Toledo, até que conseguiu fugir. Dessa forma, o santo espanhol transformou, em Deus e por Deus, todas as cruzes num meio de santificação para si e para os irmãos. Três coisas pediu e acabou recebendo de Deus: primeiro: força para trabalhar e sofrer muito; segundo: não sair deste mundo como superior de uma comunidade; e terceiro: morrer desprezado e escarnecido pelos homens.

Pregador, místico, escritor e poeta, esse grande santo da Igreja faleceu após uma penosíssima enfermidade, em 1591, com 49 anos de idade. Foi canonizado no ano de 1726 e, em 1926, o Papa Pio XI o declarou Doutor da Igreja. Escreveu obras bem conhecidas como: Subida do Monte Carmelo; Noite escura da alma (estas duas fazem parte de um todo, que ficou inacabado);Cântico espiritual e Chama viva de amor. No decurso delas, o itinerário que a alma percorre é claro e certeiro. Negação e purificação das suas desordens sob todos os aspectos.

São João da Cruz é o Doutor Místico por antonomásia, da Igreja, o representante principal da sua mística no mundo, a figura mais ilustre da cultura espanhola e uma das principais da cultura universal. Foi adotado como Patrono da Rádio, pois, quando pregava, a sua voz chegava muito longe.

São João da Cruz, rogai por nós!

BAIXE AQUI O LIVRO A NOITE ESCURA DA ALMA

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Comentário de Eloi Lorente Gallego em 15 dezembro 2013 às 10:35

Sempre a história dos Santos nos encantam!

Comentário de MARIA ELISA em 14 dezembro 2013 às 18:34

OBRIGADA REGINA...QUE DEUS TE ILUMINE SEMPRE, BEIJOS

Comentário de Regina Celia Palopole em 14 dezembro 2013 às 10:55

Obrigada por compartilhar. Muita luz.

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