Aleluia, aleluia, aleluia. Levantai vossa cabeça e olhai, pois a vossa redenção se aproxima! (Lc 21,28).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas. Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1726 “Como ocorreu nos dias de Noé, acontecerá do mesmo modo nos dias do Filho do Homem. 27 Comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Veio o dilúvio e matou a todos. 28 Também do mesmo modo como aconteceu nos dias de Lot. Os homens festejavam, compravam e vendiam, plantavam e edificavam. 29 No dia em que Lot saiu de Sodoma, choveu fogo e enxofre do céu, que exterminou todos eles. 30 Assim será no dia em que se manifestar o Filho do Homem. 31 Naquele dia, quem estiver no terraço e tiver os seus bens em casa não desça para os tirar; da mesma forma, quem estiver no campo não torne atrás. 32 Lembrai-vos da mulher de Lot. 33 Todo o que procurar salvar a sua vida, perdê-la-á; mas todo o que a perder, encontrá-la-á. 34 Digo-vos que naquela noite dois estarão numa cama: um será tomado e o outro será deixado; 35 duas mulheres estarão moendo juntas: uma será tomada e a outra será deixada. 36 Dois homens estarão no campo: um será tomado e o outro será deixado”. 37 Perguntaram-lhe os discípulos: “Onde será isto, Senhor?” Respondeu-lhes: “Onde estiver o cadáver, ali se reunirão também as águias”. Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
UM PERIGOSO TORPOR Esperar é sempre cansativo. Quanto mais a espera de algo cujo dia e hora são desconhecidos. Assim se passa com a segunda vinda de Jesus. Ele mesmo recusou-se a abordar este assunto. Certa vez, dissera: "O dia e a hora ninguém sabe, nem os anjos do céu nem sequer o Filho, mas somente o Pai". Para ele, o importante era entregar-se ao serviço do Reino, deixando de lado as preocupações apocalípticas. Entretanto, a espera prolongada acabou gerando um perigoso torpor no coração dos cristãos. Perigoso por correrem o risco de ser surpreendidos. O desconhecimento do dia e da hora não podia justificar uma vida incompatível com a condição de discípulo do Reino. Dois exemplos do passado serviram de parábola para o presente. Por ocasião do dilúvio, apesar das admoestações divinas, a humanidade insistiu no seu caminho de iniqüidade, até que veio o castigo. Fato semelhante aconteceu quando da destruição de Sodoma. Contaminados pelo pecado, seus habitantes viveram na insensata ilusão das orgias. Seu fim foi a destruição pelo fogo. Por nenhum motivo o discípulo de Jesus pode bandear-se para o pecado como se sua atitude fosse sem conseqüências. Afinal, o julgamento divino antecipa-se, e acontece no dia-a-dia, vivido na fidelidade a Deus e ao seu Reino. Aí, já se constrói a salvação.
Quem espera no senhor nunca se cansa, o mais importante da história é que o dia do senhor está vindo e com ele a certeza de que também virá a salvação daqueles que tanto esperaram com amor, fé, esperança, e acima de tudo, confiança naquilo que o próprio JESUS deixou escrito.Amém!!
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